TEXTO DE PRETILÉRIO MATSINHE
FOTOS DE INÁCIO PEREIRA
Edna Jaime, 39 anos de idade, coreógrafa e bailarina, faz parte do selecto grupo de artistas que conquistou o mundo com a sua arte. Aos 12 anos começou a envolver-se com a dança. Houve algum cepticismo da parte da mãe, que não se convencia de que a arte poderia ser uma aposta para a vida toda. Mas Edna acreditou.
O seu pai, Júlio Chiluvanhane, também. Foi este homem que, inclusive, levou a filha à formação em dança tradicional e canto, na Casa da Cultura do Alto Maé, na cidade de Maputo, local onde Edna teve contacto com vários mestres de dança, na sua maioria da Companhia Nacional de Canto e Dança (CNCD).
A coreógrafa aprendeu tanto que decidiu que a dança ia passar a fazer parte de si, como uma extensão do seu corpo, o elo entre este último e a alma. E hoje, passados 25 anos de estrada, tem a certeza que fez a escolha certa.
Na esteira da celebração das bodas de prata na dança, entrevistámo-la. A conversa decorreu no jardim do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), também em Maputo, onde se vai realizar o espectáculo alusivo aos seus 25 anos de carreira.
Lá estava ela, exuberante, sem o suor que lhe cobre o corpo quando está em palco, mas de batom roxo, turbante, vestido cor de laranja a esbanjar elegância, e um sapato com estampados a felino, a combinar com a bolsa, para completar o figurino. Leia mais…