– Jessemusse Cacinda, director da Ethale Publishing
Focar-se na formação do leitor para permitir maior circulação do livro e criar o gosto pela leitura é das principais apostas da Ethale Publishing, editora que nasceu há seis anos e que tem vindo a privilegiar a publicação de clássicos africanos e lançamento de vozes da literatura. Jessemusse Cacinda, director da editora, em entrevista ao nosso jornal, diz que é hora de focar- -se no leitor como um dos elementos mais importantes na literatura, afinal de contas todo o trabalho feito pelos autores é pensando no leitor como consumidor final. Acompanhe a entrevista em discurso directo.
Que projectos estão em curso na editora?
Estamos a diversificar as nossas intervenções. Apesar de sermos uma editora de livros, operamos em segmentos como tradução de obras, organização de eventos e desenvolvimento de projectos culturais e educacionais. Este ano estamos a nos focar na formação do leitor. Durante os seis anos de existência, introduzimos coisas novas no mercado, como a edição de clássicos africanos.
E nesses lançamentos há apostas nos jovens?
Apostamos também no lançamento de vozes, mas estamos a fazê-lo de forma tímida, porque lançar um autor significa construir um público para ele. Estamos a ampliar a nossa visão com a publicação de livros contemporâneos. Já lançámos obras de Elísio Macamo, José Castiano e Severino Ngoenha. Temos a linha de distribuição de livros em Moçambique que pertencem a outras editoras. Temos, por exemplo, livros da Falas Africanas, uma editora portuguesa que nos permite distribuir livros de Amílcar Cabral, Patrice Lumumba, Thomas Sankara, Véronique Tadjo, entre outros.
Quais são as outras actividades?
Decidimos focar-nos na formação do leitor, pois ele tem de ser o centro dos nossos programas. Nos festivais, saraus e colóquios são sempre os escritores que falam de livros. Isso faz o leitor pensar que não tem espaço nestes fóruns. Leia mais…