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domingo na Casa Fernando Pessoa

Por Carol Banze

“Num dia em que finalmente desistira – foi em 8 de Março de 1914 – acerquei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim”, Fernando Pessoa.

E ao alto de um edifício de poucos andares, na rua Coelho da Rocha, em Lisboa, Portugal, o que se ouve actualmente é o tec tec virtual da máquina de es crever, ilustrando a actividade que dimensionou a valoração do escritor. Fernando Pessoa é de tamanho extraordinário, um poeta de diferentes perso nalidades, característica que o demarca dos demais, confor me vem reflectido nos anais da história: “Considera-se que a grande criação estética de Pessoa foi a invenção hetero nímica que atravessa toda a sua obra. Os heterónimos, dife rentemente dos pseudónimos, são personalidades poéticas completas: identidades que, em princípio falsas, se tornam verdadeiras através da sua mani festação artística própria e di versa do autor original. Entre os heterónimos, o próprio Fernando Pessoa passou a ser chamado ortónimo, porquanto era a perso nalidade original. Entretanto, com o amadurecimento de cada uma das outras personalidades, o próprio ortónimo tornou-se apenas mais um heterónimo entre os outros. Os três heterónimos mais conhecidos (e também aqueles com maior obra poética) foram Álvaro de Cam pos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Um quarto heterónimo de grande importância na obra de Pessoa é Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego, importante obra li terária do século XX”  Leia mais…

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