A manhã de ontem, sábado, serviu para Moçambique e o mundo darem o último adeus ao músico Dilon Djindji, que perdeu a vida na madrugada de 18 de Setembro, vítima de doença, aos 97 anos.
A cerimónia fúnebre de Dilon Djindji decorreu no distrito de Marracuene, na província de Maputo, tendo depois sido conduzido para o cemitério municipal, sua última morada.
Do seu nome de registo Venâncio da Conceição Dilon Djindji, nasceu a 14 de Agosto de 1927, no distrito de Marracuene, na província de Maputo. Cedo interessou-se pela música, tendo construído, aos 12 anos, a sua primeira guitarra artesanal com recurso a uma lata de azeite, um pedaço de madeira e três cordas.
A sua família, que pretendia o afastar da música, enviou-o, em 1940, para o bairro da Malhangalene, tendo frequentado a Missão Suíça. Em 1945 viria a ingressar na formação em pastorado em Ricatla; dois anos depois foi trabalhar como pastor na ilha Mariana (hoje Josina Machel).
No mesmo período, vivenciou o associativismo de jovens negros moçambicanos que, nas décadas 40 e 50, transformou as artes numa arma de resistência à discriminação racial, denunciando a administração colonial. Leia mais…