- – Somos o “esterco do mundo”
POR SARA JONA LAISSE*
O livro está dividido em duas partes, a primeira intitulada “corropita numa espiral sem volta” e a segunda, “mussumbuji – a dor duma eterna paixão”. Está permeado por foto grafias, não assinadas, mas referidas na f icha técnica como “vectorização da obra “patrão, 2023”.
Trata-se de um livro de 110 páginas, es crito em minúsculas, exceptuando-se o nome do autor, na capa do livro e numa das folhas de rosto. Essas minúsculas existem, mesmo nos lugares nos quais os sinais de pontuação, por regra, exigem uma maiús cula. É um estilo que Sitole utilizou e que foi respeitado ao longo de toda esta obra, na qual a dor é exorcizada pela dança.
Corropita: Um Círculo Suicida deixou-me assombrada. É um livro com muitas imagens e causa estranhamento. Isso é poesia. A poesia deve suscitar novas ima gens ou fazer-nos ver imagens conhecidas de forma diferente, di-lo Viktor Shklovsky, crítico literário.
A primeira imagem é-nos dada pelo tí tulo. Corropita faz referência a um jogo, uma brincadeira de crianças que envolve lógica, habilidades, sentido ético e liderança. Esta última habilidade serve para conhecer o adversário e dominar o jogo eticamente. Os jogadores com menos habilidades tendem a perder. Não se trata de um jogo de sorte. Leia mais…