O Presidente do Prémio Aga Khan, Farrokh Derakhshani, afirma que um dos objectivos que motiva a promoção do prémio é procurar saber como é que os arquitectos podem servir a
sociedade. “Nesse contexto, temos recebido trabalhos que tocam todos os extractos sociais. Por exemplo, o projecto de arquitectura para construção do centro de cirurgias no Sudão, beneficia a população que antes apanhava sol”.
A componente preservação é um dos pontos centrais do prémio. “Uma das características dos projectos arquitectónicos é a preservação do que é tradicional. Claramente que inclui-se sempre a componente moderna, dinâmica, como não deixaria de ser, mas sem descurar do traço tradicional”, explica Derakhshani.
Em termos de perspectiva, Derakhshani afirma estarem em curso formas de incentivos e participação de trabalhos de outros países. “Tivemos a importante presença do Ministro da Cultura de Moçambique, Armando Artur. E presentemente procuro formas de tirar proveito positivo desta ligação com Moçambique a nível da arquitectura. Desde o início foi vital conceber e alimentar um processo dinâmico para manter o prémio na vanguarda do pensamento contemporâneo e garantir a sua relevância presente e futura.”
Para Derakhshani, o prémio incorpora a crença de que a cultura em geral, e a arquitectura, manifestação tangível da cultura, em particular, é um vector essencial para o desenvolvimento social e para coesão. “O processo começou com centenas de nomeações em todo mundo, que contribuíram para identificar projectos, concluídos recentemente e já em curso. Durante o ciclo, o júri estudou um universo de 411 projectos nomeados e seleccionou dentre eles um conjunto de vinte finalistas. Vários peritos fizeram análises rigorosas in loco dos projectos seleccionados, após as quais elegeu cinco que são galardoadas como vencedoras de 2013”.