Escritores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) irão participar da primeira Feira Internacional do Livro de Maputo, a decorrer nos dias 7 e 10 de Maio próximo, na capital do país.
Trata-se de uma iniciativa do Conselho Municipal de Maputo que visa promover a literatura nacional, facilitar o acesso ao livro e incentivar o gosto pela leitura.
Lopito Feijó, Angola, Ana Paula Maia, Brasil, António Marques, Portugal, entre outros, são alguns dos escritores que já confirmaram a sua participação do evento.
Paulina Chiziane e Calane da Silva, que igualmente far-se-ão presentes, para além de outros escritores nacionais, têm a missão de orientar uma palestra subordinada ao tema “O livro como instrumento de combate à pobreza”.
A Feira Internacional do Livro de Maputo vai consistir na exposição, venda e troca de livros, palestras subordinadas a determinados temas, sessão de conversas com os autores, assinaturas de autógrafos e ainda na criação de oficinas para troca de experiências entre os escritores nacionais, estrangeiros e os leitores.
Para tal, foram convidadas editoras e produtoras de livro a exporem os seus produtos na feira e criar condições para que se possam reduzir os preços de modo a que mais pessoas possam adquirí-los.
Durante a conferência de imprensa realizada, há dias, para o lançamento da feira, Simão Mucavel, vereador para a Educação, Cultura e Desportos da autarquia de Maputo, disse que o evento é direccionado a todos os extractos da sociedade moçambicana, com principal enfoque para a camada juvenil e estudantil.
Mucavel explicou que, de modo geral, a feira pretende celebrar a literatura moçambicana, promover debates, formações e recitais com os diversos literatos, nacionais e estrangeiros.
“O município vai levar a cabo esta iniciativa em parceria com algumas instituições como o Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, os Institutos Culturais Português, Alemão, Brasileiro, o Centro Cultural Franco Moçambicano e a British Council, entre outros”, afirmou.
Por seu turno, Camilo da Silva, coordenador da feira, explicou que com a iniciativa, que se espera que seja um festival literário, pressupõe-se criar um intercâmbio entre escritores nacionais e internacionais para promover e divulgar a literatura moçambicana na sua complexidade, nas suas variadas formas de actuação, ligando-a com outras áreas artísticas tais como a música, o teatro, o cinema e outras, que têm na literatura sua fonte ou suporte para sua execução.
“Para além da venda e troca de livros, queremos aproveitar o slogan popular (3/100) para incentivar a compra do livro e promover o gosto pela leitura, mas para tal estamos a trabalhar com as editoras para tornar possível essa intenção”,afirmou Da Silva.
Num outro momento, frisou que a iniciativa parte da premissa de que o país é rico em diversidade artístico-cultural, daí pretender-se também com este evento, levar todas estas manifestações a uma inter-contextualidade para, a partir deste intercâmbio, valorizar e homenagear a literatura moçambicana e seus fazedores.