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“BLACKMONEY”: Mauro Pinto expõe desumanização nas minas

Por Idnórcio Muchanga

Estamos no ano de 2017. Um homem sentado, segurando uma pá com a mão direita, encara tranquilamente a máquina fotográfica. Com um olhar distante, sapatilhas e mãos “banhadas” do preto do carvão, cabeça desprotegida, pousa serenamente para a fotografia. O lugar é escuro. É uma das minas de exploração de carvão mineral, na província de Tete. Embuído de um espírito de interrogador constante, Mauro Pinto empunhou uma máquina fotográfica, foi àquele lugar e eternizou com a sua lente a vida que se leva no interior de uma mina em exploração.

O resultado é “Blackmoney”, uma mostra que é vista desde o dia 6 de Setembro, no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), cidade de Maputo, e deverá estar patente até 15 de Outubro próximo. Trata-se de uma série de fotografias extraídas num conjunto de tantas que Mauro Pinto captou entre 2017 e 2019, sendo que algumas já foram expostas na galeria 111, em Lisboa, capital de Portugal, no ano de 2020.

“Blackmoney” é uma exposição multidimensional que reúne dez fotografias que fazem viajar para as profundezas escuras de uma mina de carvão. A curadoria criou um ambiente típico, onde para se ter acesso é preciso antes empunhar uma lanterna típica de mineiros que é colocada na cabeça e que vai auxiliando à medida que se percorre os diversos compartimentos da exposição. Leia mais…

TEXTO DE PRETILÉRIO MATSINHE

pretilerio.matsinhe@snoticicas.co.mz

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