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Acervo de Malangatana apresentado em Maputo

Por admin

O acervo artístico digital do pintor Malangatana Valente Ngwenya, que perdeu a vida no dia 5 de Janeiro de 2011 em Matosinhos, Portugal, foi apresentado na passada quarta-feira, na cidade de Maputo.

O acervo, intitulado “Malangatana: Dever de Memória”, cuja apresentação se enquadrou no âmbito das actividades comemorativas dos 20 anos da Universidade Politécnica, foi organizado pela Fundação Mário Soares, e integra 1600 fotografias e 550 reproduções de obras do artista.  

A organização do acervo foi solicitada por Malangatana, seis anos antes de falecer, em 2005, tendo a Fundação Mário Soares delegado, para o efeito, uma equipa, à sua casa, no bairro do Aeroporto, onde se localiza a Galeria Museu Nloyasi.

Na Galeria Museu Nloyasi, durante 15 dias, foram feitas 345 reproduções de obras de arte tais como pinturas, bordados, desenhos, gravuras, tecelagem, esculturas, cerâmica, fotografias, entre outras. Igualmente, foram fotografadas outras obras nas cidades de Maputo e Lisboa.

Para Alfredo Caldeira, Administrador do Arquivo e Biblioteca da Fundação Mário Soares, a importância deste acervo reside no facto de as pessoas poderem aceder, estudar e interpretar os documentos, obras e fotografias deixadas por Malangatana.

“Os grandes homens e as suas obras, quando não são documentados e estudados, desaparecem. No caso de Malangatana, era fundamental identificar os quadros principais, as fotografias, gravuras e desenhos para que de alguma forma ficasse a sua memória como homem e artista”,disse Alfredo Caldeira.  

Por seu turno, Narciso Matos, Pró-Reitor da Universidade Politécnica, considerou que a apresentação deste acervo é sinónimo de exaltação a Malangatana que, em 2007, recebeu, desta instituição de ensino superior, o título de Doutor Honoris Causa em Artes, Comunicação e Linguagem.

“É importante sabermos exaltar os grandes homens da nossa história, como é o caso do pintor Malangatana. A Universidade Politécnica já o tinha feito, em 2007, quando lhe atribuiu o título de Doutor Honoris Causa e, hoje, junta-se a esta iniciativa”,referiu o Pró-Reitor.

A cerimónia contou com a presença de filhos de Malangatana. Mutxini Ngwenya, seu filho mais velho, afirmou, na sua intervenção, que o acervo vai contribuir para que o artista “continue a contar os seus mais profundos sonhos e servir como referência para os que sempre amou: crianças e jovens”.

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