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A poesia faz sonhar

Por Idnórcio Muchanga

– Pedro Pereira Lopes conversa com domingo sobre “Primeiro Livro de Poesia”

Chega ao público, na próxima quinta-feira, a antologia poética “Primeiro Livro de Poesia: uma introdução aos poetas de Moçambique”, organizado pelo escritor Pedro Pereira Lopes. O livro, com ilustrações da Filipa Pontes, é chancelado pela Escola Portuguesa de Moçambique e conta com 1000 exemplares.

Pedro Pereira Lopes conversa com domingo sobre “Primeiro Livro de Poesia”

Na esteira do lançamento da obra que reúne poemas de 40 autores, Pedro Pereira disse que se trata de um livro a pensar nos leitores futuros. É resultado de um levantamento bibliográfico de longos anos, com o apoio da editora Gala-gala e da escritora Teresa Noronha.

Acompanhe a entrevista em discurso directo. Quanto tempo levou a recolher textos?

Pode ser que tenha sido um ano inteiro ou talvez mais. Tinha a ideia do que queria, contudo nunca sabia onde e o que encontraria. Foi uma empreitada que cumpri com deleite. Conheci e reconheci poetas esquecidos, entre eles Clotilde Silva e Leite de Vasconcelos. Mas não foi só um trabalho de biblioteca, tive de procurar livros nos alfarrabistas e falar com editores e escritores mais velhos. Ainda assim, até quando já se fazia a maquetização do livro, textos incríveis apareciam, como o “Mãe aranha”, de Sangare Okapi.

Porquê um livro de poemas destinado aos mais novos?

As crianças aprendem poesia antes de sequer saberem ler, escrever ou desenvolverem outras habilidades. É parte do processo natural de crescimento e aprendizagem. O contacto com a palavra, com a língua e com o imaginário é eficiente quando é realizado de forma lúdica. A poesia permite-nos experimentar essas possibilidades através dos sons, do ritmo, da repetição, dos jogos de palavras. E a sensibilidade e a curiosidade ajuntam-se a tais benefícios. Mas, mais do que tudo, a poesia tem o poder de encantar e fazer sonhar. Há força e esperança na poesia. Leia mais…

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