– considera Magid Mussá, compositor e cantor, em entrevista exclusiva ao domingo
TEXTO DE CAROL BANZE E FOTOS DE INÁCIO PEREIRA
Transferiu-se da província de Inhambane, onde nasceu, para Maputo em 1975. O seu primeiro disco foi gravado em 1979, tinha na altura 17 anos, era estudante e amador nas artes musicais. Tempos depois, formou uma banda, “os Inimitáveis”, com a qual fez apresentações na FACIM, Feira Popular de Maputo, em casamentos, boates e diferentes eventos. Em 1992, tornou-se profissional, um percurso que foi crescendo floreado de várias composições da sua autoria. No rol das letras musicais destacam-se “Sikwatana”, “Nyiwone uwe”, Usiwana”, apenas a título ilustrativo. Ganhou o Masseve, edição de 1993; o prémio “Melhor voz” no Ngoma Moçambique 2003; foi seis vezes finalista do Ngoma e recebeu algumas menções honrosas. Em entrevista ao domingo, narra as peripécias vividas por si ao longo da carreira como músico, algumas das quais serviram de mote para as suas criações; critica o funcionamento da indústria musical no país e também o que considera “marginalização” dos artistas mais velhos; aponta aspectos “embaraçosos” nas produções musicais das gerações actuais que, no seu entender, são despidas de pudor e criatividade, e anuncia “Divergências”, o próximo álbum a lançar em 2024. Acompanhe.
Qual é o segredo para encantar, através das suas composições musicais, até mesmo a quem não percebe gitonga (língua moçambicana)?
Acho que tenho “boa mão”. De qualquer forma, quando escrevo procuro sempre olhar para a parte medíocre da minha composição, fazendo uma auto-crítica.
Como é que isso se processa? Leia mais…