O Serviço Nacional de Saúde pretende introduzir o programa de transplante de órgãos no país, projectando, para os próximos dois anos, da córnea e de rins.
O Director Nacional de Assistência Médica, Ussene Isse, disse que o país está a implementar reformas no sector de Saúde e a introdução do Programa de Transplante de órgãos constitui um dos planos neste sentido.
O sector já está a desencadear acções com vista a dar resposta a implementação do Programa de transplante. “Já foi aprovada, a nível do Conselho de Ministros, a Lei do Transplante de Orgãos. No momento espera-se pela sua aprovação a nível da Assembleia da República, revelou Ussene Isse.
Neste âmbito, o país recebeu semana finda, uma visita de trabalho da equipa da Rede Internacional de Transplante, instituição que irá apoiar na implementação do programa.
“Focalizamos a visita no Hospital Central de Maputo (HCM), pois a intenção é iniciar o transplante nesta unidade sanitária, porque é onde se tem todos os serviços de apoio que são um suporte fundamental para o sucesso do transplante e ‘e onde possuímos mais recursos humanos, explicou o Director Nacional de Assistência Médica.
Intervindo no encontro, o Presidente da Rede Internacional de Transplante, Eyup Kahveci, sublinhou que o transplante de órgãos ainda revela-se uma das grandes alternativas para salvar vidas.
Estatísticas a nível mundial revelam que aproximadamente um milhão de pessoas vivem desta alternativa quando se verifica a falência, não insuficiência ou mau funcionamento de um órgão no corpo.
Num outro desenvolvimento, o Presidente Rede Internacional de Transplante, Eyup Kahveci, referiu que as estatísticas no mundo apontam que mais de 180 mil pessoas aguardam pelo transplante de órgãos.
O Representante da Rede sublinhou ser importante que se olhe para a questão do doador, por um lado, e por outro lado, para a questão das boas práticas nos hospitais para que o acto seja seguro e melhore a vida do cidadão.
Eyup Kahveci vai mais longe ao afirmar que os transplantes exigem intervenções de diferentes factores como socio- económicos, estabilidade dos pacientes, dos hospitais, financeiros, entre outros.
Esta rede possui experiência em ajudar muitos países, sobretudo os em desenvolvimento, a introduzir programas de transplante.