Não fosse o facto de mesmo nos Estados Unidos da América as notícias falsas serem as mais lidas, Bula-bula não se meteria nesta de tentar perceber se é ou não verdade de que a adversária de Donald Trump nas últimas eleições americanas, decorridas a 8 do mês ainda em curso, poderá viajar para a Pérola do Índico.
Está dito, mesmo na capital do não-mundo (aliás do primeiro mundo) que várias notícias falsas sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos tiveram mais alcance no Facebook do que as principais histórias eleitorais de 19 grandes fontes de notícias, como os jornais “New York Times”, o “Washington Post” e a NBC News. Bula-bula sabe que esse foi o resultado de uma análise do BuzzFeed News,divulgada na quarta-feira seguinte ao dia das eleições, (16).
Com efeito, nos três últimos meses de campanha, 20 histórias falsas, de sites que publicavam boletins informativos eblogs, relacionadas com as eleições geraram 8,711 milhões de compartilhamentos, reações e comentários no Facebook.
No mesmo período, as 20 melhores histórias eleitorais de 19 principais sites de notícias geraram um total de 7,367 milhões de compartilhamentos, reacções e comentários no Facebook.
O BuzzFeed observou que no período anterior aos três últimos meses a performance do conteúdo dos principais veículos superou as falsas notícias. No entanto, à medida que a eleição se aproximava, o envolvimento com conteúdos falsos no Facebook disparou e ultrapassou a cifra das notícias reais e originariamente vindas das tradicionalmente fontes insuspeitas.
As duas notícias falsas que mais se repercutiram foram da Wikileaks que “confirmava” que Clinton vendera armas para o Estado Islâmico e a de que o “Papa Francisco chocara o mundo ao apoiar o adversário de Clinton”. Veja-se só! Por outro lado, foi interessante em tal pesquisa saber que das 20 notícias falsas de melhor performance analisadas, apenas três não beneficiavam o republicano.
Com efeito, as únicas falsas notícias que se tornaram virais e eram contra os interesses de Trump foram uma falsa citação do seu vice, Mike Pence, sobre a primeira-dama Michelle Obama; a informação mentirosa de que a Irlandaestaria recebendo “refugiados americanos” que fugiam de Trump e sobre a falsa declaração do artista RuPaul de que teria sido tocado por Trump.
Não bastou o desmentido de um porta-voz do Facebook, que afirmou à reportagem do BuzzFeed News que as principais notícias não reflectiam o engajamento global da plataforma. Ele explicara que algumas notícias eram consideradas de cauda longa (termo utilizado para designar notícias que geram engajamento por um longo período). "Pode parecer que as melhores histórias recebam muita atracção, mas representam uma minúscula fracção do total." Concluiu.
E o que isso tem a ver connosco? É que, está a ser insistente a notícia de que a primeira-dama de Bill Clinton pretende vir aqui, aparentemente porque o “dossier” eleições nos States, ainda está por fechar. Fez um olhar atento ao mapa-mundo e viu um país, não muito grande, mas comprido, que coincide com a pérola do Índico e, alguém, a partir daqui lhe confidenciou:
“ Aqui pode muito bem aprender a reclamar a governação dos Estados por si ganhos e assim resolver a diferença de 290 assentos (do partido de Donald) contra os 232 (do seu), mesmo tendo em conta que bastam 270 para se ganhar”.Afinal, não somos de todo insignificantes!
Bula-bula está à espera. Vai recebê-la, no mesmo dia em que dizem que terá alguns encontros de cortesia com alguns ocupantes de assentos minoritários e, a seguir, dirigir-se-á a uma montanha do centro do nosso país, onde terá a áurea oportunidade de se encontrar com o pai da democracia, não aquela democracia que consta da Constituição americana, discutida e aprovada de 25 de Maio e 17 de Setembro de 1787.