Os vice-ministros da Saúde e da Indústria e Comércio, respectivamente, Mouzinho Saíde e Ragendra de Sousa, garantiram, na última quintafeira, no município da Matola, que os refrigerantes da marca Frozy, produzidos pela empresa Yaafico Industrial, Lda., estão dentro dos padrões regulares dos códigos alimentares da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo que não representam nenhum risco à saúde pública.
Mouzinho Saíde e
Ragendra de Sousa
percorreram as
várias áreas de
produção da Frozy,
tendo manifestado a sua
satisfação com o que viram.
“O Ministério da Saúde
fez as análises laboratoriais
dos produtos da marca
Frozy e constatou que
estão dentro dos padrões
regulares preconizados nos
códigos alimentares da OMS
e da FAO”, referiu Mouzinho
Saíde, acrescentando que as
análises incluíram a qualidade
do produto, em termos microbiológicos,
onde constataram
que não há nenhum tipo de
contaminação.
Relativamente aos componentes,
nomeadamente, os níveis
de ácido cítrico e do benzoato
de sódio, o vice-ministro
da Saúde assegurou que estão
dentro do preconizado nos instrumentos
internacionais que
regulam o mercado da produção
de bebidas.
“Do ponto de vista dos
standards internacionais,
também usados em Moçambique,
não há nenhum
problema para o consumo público da Frozy, nem nenhum
perigo para a saúde
pública”, frisou.
Por sua vez, Ragendra de
Sousa, vice-ministro da Indústria
e Comércio, indicou que,
“como Ministério da Indústria
e Comércio, estamos
satisfeitos com o que vimos.
Saímos com a garantia de
que a contaminação é quase
que impossível, porque o
produto tem qualidade para
estar no nosso mercado”.
“Viemos aqui para in loco
ver como é que o processo
de produção das bebidas da
Frozy decorre, em cumprimento
da nossa obrigação
de proteger o consumidor
nacional”, afirmou Ragendra
de Sousa, apelando aos consumidores
nacionais para “que
se sintam à vontade, porque
encontrámos uma fábrica
que não põe em causa a saúde
pública”.
Nos últimos dias, as autoridades
malawianas ordenaram
a retirada das bebidas da marca
Frozy do mercado, alegando
que o produto não estaria em
conformidade com as normas
de qualidade exigidas naquele
país, por conter altos níveis de
ácido cítrico e de benzoato de
sódio.
Face a esta situação, a Yaafico
Industrial, Lda. enviou
amostras para serem testadas
num conceituado laboratório
internacional para análise química,
a Merieux NutriSciences,
onde se apurou que os níveis
de ácido cítrico, das bebidas
da Frozy, estão entre 1.050 a
2.550 mg/kg.
O Malawian Bureau Standards
(MBS) alegou recentemente
que a concentração
do ácido cítrico nas bebidas
da marca Frozy (substância
que tem a função de regular a
acidez e acrescentar sabor às
bebidas) situa-se entre 2.240 e
5.376 mg/kg, sendo que o padrão
máximo permitido para
o ácido cítrico no Malawi é de
3.000 mg/kg.
Relativamente ao benzoato
de sódio, o máximo permitido
no Malawi é de 1.000 mg/ kg,
mas, segundo o MBS, os refrigerantes
da marca Frozy registam
níveis que supostamente
variam entre 3.248 e 4.256
mg/kg. Entretanto, os resultados
apurados pela Merieux
NutriSciences apontam para
níveis abaixo de 300 mg/kg.
Consta, igualmente, das
constatações da SwissLab, o
primeiro laboratório privado em Moçambique orientado
para análises químicas e microbiológicas
de controlo de
qualidade, e do LNHAA que os
níveis de ácido cítrico e benzoato
de sódio de ambos os
laboratórios estão dentro dos
padrões permitidos