O vice-presidente para Alta Competição do ferroviário de Nacala, Ali Bachir, acusa o treinador Sérgio Faife, de ter traído aquela colectividade. Tudo porque depois de uma negociação no ano passado, 2015, o técnico tinha prometido à direcção sua continuidade no comando técnico da equipa.
Sérgio Faife trabalhou na época passada, 2015, como técnico principal do Ferroviário de Nacala, um dos representantes da província de Nampula no Moçambola.
Na altura a direcção daquela colectividade mostrou-se satisfeita pelo seu desempenho. Para tal, no meio do campeonato propuseram-no a renovação de contrato, para além da formação de uma nova equipa para a presente época, 2016.
O vice-presidente dos locomotivas de Nacala disse que na altura o técnico aceitou a proposta e garantiu que já tinha começado a formar o novo conjunto com que ia trabalhar este ano.
Contudo,domingosabe que o técnico tinha rejeitado a primeira proposta alegadamente porque os honorários propostos eram “baixos”.
No entanto, a direcção não se abalou, reuniu-se de imediato, fez a revisão da proposta e introduziu os requisitos do treinador. Quando elaborou a segunda proposta o técnico já se encontrava em gozo de férias na cidade de Maputo.
A direcção daquela colectividade contactou o técnico para voltar a Nacala para apreciar a nova proposta. Faife exigiu a passagem aérea de ida e volta, algo que foi tratado prontamente.
Chegado a Nacala, Faife disse que estava satisfeito porque o contrato respondia às suas exigências. Na ocasião, o técnico não aceitou assinar no local, levou o contrato consigo para Maputo, tranquilizando os membros da direcção. O contrato iria assinar em casa e enviava por correio.
Facto curioso e que ainda entristece tanto os sócios, adeptos, assim como os membros da direcção dos locomotivas de Nacala é que passados uns dias tiveram conhecimento através da imprensa que o técnico assinou o contrato com o Costa de Sol.
Ali Bachir lembrou que enquanto negociava a renovação do contrato já circulavam informações na cidade de Nacala segundo as quais, o técnico Faife passaria a treinar o Costa de Sol, este ano, 2016, e que ele já tinha comunicado os seus jogadores.
Depois de recebermos esta informação confrontamos o técnico, ele disse-nos que não tinha nenhum contacto com o Costa de Sol, ficamos descansados porque o próprio técnico disse que as informações eram infundadas, disse o vice-presidente de Alta Competição.
Acrescentou que há mágoa no seio do seu grupo, desde os sócios, mas isso não significa que qualquer dia não voltem a contrata-lo.
Ali Bachir justifica que esse factor determinou o mau início do presente campeonato, alegadamente, porque começaram tarde a contratação de novos jogadores e equipa técnica de forma a tapar os buracos deixados por Sérgio Faife.
Para Ali Bachir o treinador Nacir Armando encontrou uma equipa desfalcada, pois Sérgio Faife quando saiu levou três jogadores, dos quais o guarda-redes Jonas e o seu filho Matsolo. A situação ficou mais complicada porque a Liga Desportiva Muçulmana levou também seis seus jogadores que tinha emprestado ao Ferroviário.
Aliás, Ali Bachir referiu que a contratação de Nacir Armando e seu adjunto foi uma opção de última hora. “Tudo o que fizemos nesta época foram arranjos. O técnico Faife tinha-nos garantido a formação de um conjunto para a presente época, mas no fim apunhalou-nos. Descobrimos tarde que não estaria connosco, e que o conjunto que prometera formar era apenas para nos entreter, não estava a fazer nada disso. E isso reflectiu-se nas primeiras jornadas”, disse.
Abibo Selemane
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