“Quem ama a disciplina, ama o conhecimento, mas o que aborrece a correcção é um bruto” Pv 12:1
Antes de falarmos sobre a utilidade do uso obrigatório do uniforme, indumentária, vestuário ou fardamento escolar, medida que proporciona grande praticidade para os alunos e economia para os pais, se calhar vale apenas recuarmos para a época em que a humanidade começou a cobrir o seu corpo. Historicamente, não sabemos ao certo quando é que o ser humano começou a fazer uso de roupa, mas do ponto de vista Bíblico, aqui sim temos informações. Uma das explicações para a origem do vestuário talvez esteja relacionada ao conceito doPecado. Isso porque Adão e Eva teriam desrespeitado os mandamentos de Deus, comendo o fruto proibido e reconhecendo-se nus. Assim, deparariam com a sensação de pudor e passariam a usar vestimentas feitas de folhas de árvores e depois feitas com peles de animais. Sobre a transição do uso de peles de animais para tecidos, o primeiro “item” pode ter sido um ancestral do feltro. A partir daí, os primeiros seres humanos assumiram a tecelagem há 27 mil anos com base em impressões têxteis. A partir daí, encontramos na história da humanidade que, civilizações antigas mais recentes descobriram muitos materiais que poderiam adequar-se em roupas. Por exemplo, aprendemos que no Egipto antigo produzia-se linho por volta 5.500 a.C., enquanto na China antiga produzia-se seda por volta de 4.000 a.C.. Portanto, ovestuário, indumentária ou simplesmente roupa era e ainda devia ser usada basicamente para proteger o corpo e aquecê-lo. Contudo, o que vemos é que a roupa carrega valores sociais e culturais, unindo ou segregando indivíduos, além de outros factores que também influenciam na escolha da roupa como: conforto, bom senso, “status”, o clima da região e, actualmente, as crenças religiosas. Vamos ao assunto do dia: Mini ou Maxi-saias nas Escolas. Ora, o saudoso Presidente Samora Machel proferiu um dia uma frase que seria imortal: “Fazer da Escola uma Base para o Povo Tomar o Poder”. O poder a que o inesquecível Presidente fazia referência, partia do inculcar nas mentes das crianças os nossos valores culturais, designadamente oconjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais, ou seja ensinar a nossa música, o teatro, rituais religiosos, os mitos, as línguas faladas e escritas, hábitos alimentares, danças, arquitectura, invenções, pensamentos, formas de organização social, e já agora a forma de vestir, etc. etc.. Por isso é que, a identidade cultural é o factor condicionante da relação indivíduo-sociedade, pois é através dela que o individuo se adapta e reconhece um ambiente como seu. Os nossos Estudantes tem que se comportar como Estudantes, ou como diziam os Romanos antigos: “a mulher do César não basta ser, tem que parecer” Donde, quem não vive as próprias raízes culturais, não tem sentido de vida. E, o nudismo ou exibição das partes íntimas, ou como se diz na Alemanha: “Freie Körpor kultur, ou simplesmente FKK” (Cultura do Corpo Livre), isso não faz parte da nossa cultura, assim como a rebelião às ordens estabelecidas nas escolas. Uma palavrinha para àquelas estrangeiras “Mapweles” que tentaram incitar às nossas estudantes para uma “revolta”: Que tal se elas voltassem para os seus países plantar batatas? “Pfutsekani!” Quem não respeita a cultura do outro Povo, só pode ser inimigo desse Povo! Parabéns ao MEDH!
Kandiyane Wa Matuva Kandiya
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