“Deixai os insensatos, e vivei; e andai pelo caminho do entendimento” Prov 9:6
Ainda bem que o Conselho Superior da Comunicação Social, (CSCS), já tem membros completos para começar a actuar. Porque cá na nossa Pátria Amada,ultimamente parece que todos os dias os grandes veículos de comunicação recorrentemente divulgam fotos e vídeos violentos para os seus leitoresparticularmente algumas televisões e alguns jornais, (sem nenhuma prévia chamada de atenção) e até com elevada dose de sensacionalismo, diga-se. São cenas chocantes de mortes violentas algumas causadas por assassinos e ou psicopatas, outras resultantes de acidentes de viação por incúria, negligência ou desleixo de alguns automobilistas mormente os famosos “Chapeiros”. Se é certo que a rádio, a televisão e os jornais devem cumprir o seu papel informativo, revelando para os leitores e/ou telespectadores esses acontecimentos, seria possível questionar a forma como é vista essa responsabilidade. O grande problema quanto a nós, é que algumas notícias lançadas pela imprensa, sem a necessária responsabilidade, muitas vezes acabam com a moral e dignidade. Sabe-se que, sobre algumas mortes causadas por assassinos e ou psicopatas, são praticadas após abusarem física ou sexualmente de quantas vítimas eles puderem capturar, (crianças, adolescentes, idosas indefesas ou suas próprias progenitoras), uns após balearem, outros esfaquearem e esquartejarem, e outros exumarem ossadas de defuntos, enfim, são cenas horripilantes e arrepiantes que ferrem gravemente a sensibilidade de muitos de nós, (menores portanto sem a devida maturidade e mesmo adultos com problemas de coração), que incautos são obrigados a presenciar e revivenciar tais cenas.Porque os psicopatas, de acordo com alguns Psicólogos, são pessoas com transtorno mental que dá desvio de carácter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para actos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições, esses crimes praticados por eles não deviam ser expostos de forma tão escancarada ou se quisermos “de bandeja” ao público, pois são imagens tão fortes que nem todos conseguem “fazer de tripas coração” como sói dizer-se para vê-las. Nós todos sabemos que as pessoas psicopáticas (também conhecidas como anti-sociais), negligenciam os direitos dos outros, actuando para a sua própria satisfação imediata e parecem esquecidas das consequências da sua conduta (para si e para os outros). Tanto os assassinos como os psicopatas são produtos do mesmo saco. A única diferença entre um assassino e um psicopata é que este último (o psicopata), pode estar bem perto de nós, sem sabermos, pois eles parecem ser pessoas normais, ao passo que o assassino todo mundo pode reconhecer um. Mas ambos praticam um crime comum:violam o primeiro e o mais elementar dos direitos humanos, o Direito à Vida. Nem o Estado nem ninguém têm o direito de tirar a vida a ninguém, muito menos dar lições de assassinatos. Mas eles passeiam a sua classe e semeiam dor tanto de dia como de noite. Com este andar, parece que veremos restabelecida no nosso País aquilo que na idade média ficou conhecido por “Ordem dos Assassinos”. Reza a história que, entre os finais do século XI e a metade do século XIII, existia no Médio Oriente uma terrível seita dos ismaelitas, minúscula no universo do Islão, mas que trouxe temor e, por vezes, pânico naquela Região. Tratava-se da” Ordem dos Assassinos”, assim chamada porque os seus integrantes, antes de praticarem os atentados, inalavam um estupefaciente, o “Hashishiyun”, (ou simplesmente Haxixe). Os seus seguidores caracterizavam-se pela entregada total à missão que lhes era atribuída por seus superiores e por não demonstrarem medo nenhum frente à morte que fatalmente os aguardava após terem praticado as suas acções terroristas. Onde é que queremos chegar? Que do mesmo modo que é assegurada a liberdade de imprensa, também deveria estar garantido àqueles que sofrerem danos de ordem moral ou material ou que são atingidos na sua intimidade em decorrência da actuação da imprensa, o direito de ressarcimento, independentemente da possibilidade do exercício do direito de resposta. Tenham piedade de nós.
Kandiyane Wa Matuva Kandiya
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