. Chefe do Estado-Maior interino confirmou que foram abatidos 104 militares revoltosos e que morreram 90 civis na tentativa de golpe de Estado
Uma tentativa de golpe de Estado está a alarmar a Turquia desde sexta-feira passada. Segundo agências noticiosas internacionais, vários aviões militares foram mobilizados e nas ruas da capital, Istambul, há um grande aparato militar. A situação tende a regressar à normalidade.
Forças leais ao Presidente turco, Recep Erdogan, abateram 104 militares revoltosos na tentativa de golpe de Estado de sexta-feira à noite na Turquia, assegurando que outros 1563 foram detidos.
Numa declaração à televisão oficial turca, o general Umit Dundar, chefe do Estado-Maior interino das tropas leais a Erdogan, confirmou também a morte de outras 90 pessoas – dois soldados, 41 polícias e 47 civis –, elevando para 194 o total de vítimas mortais da sublevação, entretanto abortada.
Falando horas após a tentativa de golpe, o Presidente da Turquia diz que os responsáveis são "intrusos" e uma minoria no Exército. Erdogan diz que quem usa armas contra o povo deve pagar preço elevado.
O Presidente turco apelou à população para se manter nas ruas, para precaver uma eventual onda de violência.
“O povo turco levou a melhor nesta batalha”. Foi com esta expressão vitoriosa que o Presidente turco começou na madrugada de ontem uma conferência de imprensa, a partir do aeroporto de Istambul. Recep Erdoğan garantiu que ficará ao lado das “suas pessoas”, acusando os militares golpistas de traição.
“O povo curdo está do nosso lado”, insistiu o governante turco, prometendo que os “traidores” serão severamente punidos. Erdoğan disse ainda que os responsáveis pela tentativa de golpe militar no país, que irá “acabar muito em breve” e não irá afetar a unidade do país, pertencem a um pequeno grupo dentro das Forças Armadas turcas. “Estamos a trabalhar para acabar com estas bolsas de resistência destes militares golpistas”, acrescentou.
Ressalvou que os golpistas estão a ser derrotados e responderão em breve perante a Justiça por aquilo que considera ser um “atentado à democracia”. “Não vamos entregar de mão beijada a Turquia aos rebeldes”, assinalou.
Ainda relativamente aos golpistas, Erdoğan comprometeu-se a levar a cabo uma reestruturação naquele sector militar: “Temos que limpar o exército desses elementos marginais.”, salientou.
Entretanto, a Grécia deteve militares turcos que aterraram ontem em Alexandroupolis , anunciou a polícia grega, acrescentando que os homens pediram asilo político.
A televisão estatal grega avança que os soldados terão estado envolvidos na tentativa de golpe militar de sexta-feira passada .
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, exigiu o regresso dos militares. Numa mensagem publicada na rede Twitter, diz que os oito "traidores que escaparam de helicóptero" devem ser entregues imediatamente.