Os sócios do Maxaquene reconduziram na manhã de ontem, sábado, a actual direcção para concluir o mandato até Setembro do próximo ano. A decisão adiou, por conseguinte, a realização das eleições convocadas para a escolha do sucessor de Ernesto Jr., ora afastado pelos mesmos sócios há sensivelmente dois meses.
Os sócios do Maxaquene voltaram atrás e
não votaram na única lista liderada por Domingos
Langa para assumir a direcção do clube. Pelo
contrário, anularam a decisão tomada por eles
próprios na última Assembleia Geral e tudo indica
que a actual direcção vai mesmo terminar
o mandato.
A decisão foi tomada por unanimidade. Com
base no voto, os 82 sócios presentes decidiram
pela não realização das eleições. Os motivos do
adiamento são a falta de condições, inexistência
de uma comissão de eleições interna e a necessidade
da revisão do regulamento eleitoral, bem
como dos estatutos da agremiação.
O presidente da Mesa da Assembleia-geral dos
“Maxacas”, Sérgio Pantie, sublinhou que a decisão
de não haver eleições é de toda família “tricolor”.
“Valeu a pena este encontro, temos de dar
voto de confiança a essa direcção e saímos
daqui satisfeitos com a nossa coesão”, disse.
Enquanto isso, Domingos Langa, único candidato
para a presidência do clube, disse encarar
a decisão com normalidade, atribuindo nota
positiva. Como conta, houve várias reuniões de
concertação relativas à realização das eleições,
embora reconheça que alguns não queriam que
isso acontecesse.
“Algumas pessoas importantes nem receberam
as cartas da convocação desta assembleia
e nem sabiam, muitas pessoas não
tinham a informação, ficaram a saber pela
comunicação social. Portanto, essa decisão é
assertiva, pois não temos comissão eleitoral
e mesmo o regulamento para assembleia não
estava pronto”.
Langa destacou que um dos motivos da falta
da união dos “Maxacas” é “a existência de membros
a investirem na destruição, por isso,
mesmo aqueles que são mais antigos não aparecem
nas reuniões, nas tomadas de decisões
e é necessário inverter essa situação”.
Já o actual presidente do clube, Ernesto Júnior,
referiu haver necessidade de planificação
das actividades. Destaca ainda a importância de
o clube criar mecanismos financeiros para sair da
dependência eterna dos patrocinadores.
“Com acções concretas é possível o Maxaquene
ultrapassar a actual situação. É preciso
serenidade, respeito a opiniões contrárias e
estabilidade. Infelizmente, o Maxaquene não
escapa à conjuntura económica que o país
vive”, referiu.