Cinco nomes estão propostos para a nova designação do Estádio da Machava. Inaugurado oficialmente a 30 de Junho de 1968, o mítico recinto deverá ter nova designação a partir do dia 09 de Abril próximo, quando o Clube Ferroviário de Maputo reunir em Assembleia Geral ordinária.
O clube Ferroviário de Maputo vai reunir próximo dia 09 de Abril em Assembleia Geral ordinária para apreciar e aprovar vários assuntos, dos quais há a destacar a alteração da designação do nome do Estádio da Machava.
A propósito, domingo cruzou várias fontes “locomotivas” e está em condições de assegurar que há cinco propostas na mesa, das quais três serão apreciadas na reunião retromencionada. As propostas da nova designação do Estádio da Machava chegaram a atingir uma dezena, mas agora estão reduzidas a metade e apenas três vão chegar à fase final.
São os seguintes nomes em análise para substituir o Estádio da Machava:
– Estádio Nacional da Machava;
– Estádio dos Ferroviários;
– Estádio 25 de Junho;
– Estádio Samora Machel e
– Estádio da Independência.
Destas propostas, os proponentes da mudança do nome do recinto estão inclinados para adoptar o nome de Estádio da Independência, mas todas dúvidas serão eliminadas na reunião do dia 09 de Abril próximo.
A justificação dos proponentes é de adequar a designação do recinto à actualidade e enquadrar melhor a história da infra-estrutura.
UM ESTÁDIO HISTÓRICO
O Estádio da Machava conserva a história de Moçambique desde a sua existência, bastando assinalar que foi naquele recinto que o Presidente Samora Machel proclamou a independência do país a 25 de Junho de 1975.
A infra-estrutura foi erguida no vale do Infulene numa área de 31 hectares. À área inicial foi mais tarde adicionado um terreno contíguo de 23 hectares concedido ao clube pelas autoridades municipais da Matola, que visava a construção de parques para automóveis e um arranjo urbanístico mais conseguido da zona.
Em finais de 1962, ficaram concluídos os trabalhos de topografia necessários à elaboração do projecto definido para a implantação da obra e, em 29 de Junho de 1963, foi iniciada a terraplanagem do local.
Ao apoio financeiro dos Caminhos de Ferro, a massa associativa do clube contribuiu com uma quotização mensal suplementar, para além de organizar várias manifestações, nomeadamente, quermesses, churrascos, representações, serões musicais, festas, rifas e outras formas para a angariação de fundos.
Em meados de 1965, iniciou-se a construção das bancadas e foi lançada a relva sobre o espaço projectado para ser o rectângulo do jogo. O fecho simbólico das bancadas do 1°anel do estádio, as mesmas que permanecem até aos nossos dias, deu-se em 1967.
A 30 de Junho de 1968, a então cidade de Lourenço Marques foi a encruzilhada de todos os caminhos de Moçambique, e de gente dos países vizinhos.
Muitas foram as figuras que, de uma forma ou de outra, directa ou indirectamente, contribuíram para que se tornasse uma realidade o Estádio.
Dados históricos indicam que entre todos os ligados ao processo, surge de pronto o nome do Eng. Albano Augusto de Sousa Dias, o "homem do estádio", aquele que tornou o sonho realidade, mercê de um esforço gigantesco e de uma tenacidade de ferro.
Albano de Sousa Dias, que foi presidente do Ferroviário, faleceria 27 dias após a inauguração do estádio – a sua obra.
Custódio Mugabe