A Comissão Mista para a preparação do encontro entre o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, tem o sentimento de que a
paz é urgente.
Neste quadro, sustenta a necessidade
imediata de cessação
do troar das armas e aponta que
os próximos encontros entre as
partes como determinantes no
esboço de mecanismos de pacificação
do país.
A Comissão acordou, na última
sexta-feira, sobre os pontos
de agenda do encontro entre o
Presidente da República e o líder
da Renamo, nomeadamente a
governação nas seis províncias
onde a “perdiz” alega vitória nas
eleições gerais de 2014; a cessação
das acções armadas; as
Forças de Defesa e Segurança
(FDS) e o desarmamento e reintegração
dos homens de Afonso
Dhlakama.
Contudo, as lideranças ao
mais alto nível entendem que o
debate sobre estes pontos, os
respectivos termos de referência
e as propostas de solução devem
ser realizados ao nível da Comissão
Mista antes do encontro ao
mais alto nível.
É a nível da Comissão onde
poderá ser discutida também a
questão atinente à segurança do
líder da Renamo no que diz respeito
à sua saída das matas da
Gorongosa.
No encontro da última sexta-
-feira foi acordada também a
inclusão de mediadores ou facilitadores
nas conversações conforme
a pretensão da Renamo,
já com aval do Chefe do Estado.
Falando à imprensa no final
da sessão, a quinta até agora
realizada, o porta-voz da comissão,
José Manteigas, explicou
que as partes partilharam o entendimento
de que há necessidade
de haver a participação de
mediadores ou facilitadores nas
conversações, nomeadamente a
Igreja Católica, África do Sul e
União Europeia.
De referir que a Comissão
volta a reunir-se amanhã, segunda-
feira, para o aprimoramento
dos assuntos acordados.