O governo moçambicano assegurou há dias que vai aprofundar as reformas económicas e sociais, bem como a capacitação técnica das instituições para um melhor desempenho do sector público e privado, incluindo a adopção de medidas de contenção orçamental, ao mesmo tempo que vai continuar a garantir recursos para os sectores sociais.
Estas posições foram reiteradas na semana passada no encontro que o executivo manteve com a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no qual o governo apresentou desenvolvimentos económicos recentes.
Naquele encontro, o governo destacou os impactos da seca e cheias nalgumas zonas do país, bem como o declínio dos preços dos produtos de exportação que tem reflectido negativamente nas receitas de exportação, situação que provoca escassez da oferta de divisas ao mercado e a volatilidade da taxa de câmbios do Metical face as principais moedas estrangeiras.
O governo e o FMI apreciaram os efeitos sobre os indicadores macroeconómicos do país da dívida externa, com destaque para a contraída, em 2013 e 2014, pelas empresas Proindicus e Mozambique Asset Management (MAM), com garantias do Estado.
Adicionalmente, foram passadas em revista as medidas económicas que o governo pretende implementar visando, por um lado, o restabelecimento macroeconómico e, por outro, assegurar que a economia continue a seguir a sua trajectória de crescimento dentro da actual conjuntura nacional e internacional.
“A missão do FMI tomou nota, em particular, das medidas de contenção orçamental que o Governo irá adoptar, sem prejuízo do compromisso de continuar a garantir recursos para os sectores sociais. Por outro lado, o governo reiterou o compromisso de aprofundar as reformas económicas e sociais, bem como a capacitação técnica das instituições para um melhor desempenho do sector público e privado”, refere uma nota do Ministério da Economia e Finanças.
A missão do FMI esteve em Maputo de 16 a 24 de Junho corrente e tinha como objectivo avaliar os desenvolvimentos macroeconómicos do país de 2015 e 2016, bem como as perspectivas para 2017. Constaram da Agenda daquela Missão do FMI, encontros com vários sectores económicos e sociais, nomeadamente, o Governo, Banco de Moçambique, Membros do Parlamento, Organizações da Sociedade Civil, Sector Privado e Parceiros de Cooperação.