Empresários moçambicanos e sul-africanos manifestaram semana finda em Maputo o seu cometimento de melhorar as relações económicas na perspectiva de melhorar cada vez mais as trocas comerciais, tendo como objectivo a satisfação das necessidades das populações dos dois países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Com efeito, empreendedores
moçambicanos e sul-africanos
estiveram reunidos, na
última sexta-feira, em Maputo,
para o lançamento do Progressive
Business Forum Mozambique
(Fórum Progressivo de
Negócios Moçambique) que vai
materializar a emancipação
económica e comercial de ambos
países.
No evento participaram
cerca de 35 empresários sul-
-africanos que manifestaram
interesse em investir em diversos
sectores da economia moçambicana, com destaque
para a exploração dos recursos
minerais, sectores energético,
saúde, construção civil, agricultura
e avicultura.
domingo apurou que de
entre os empresários que participaram
um grupo estava à procura
de mercado para investir
na área da educação, concretamente
na distribuição de material
escolar.
Outros empresários mostraram
interesse nas áreas da segurança
automóvel, engenharia,
canalização e mecânica, tendo
manifestado o interesse de, a
breve trecho, estabelecerem escritórios
em Moçambique.
A ideia é que os empresários
trabalhem juntos com vista a
criar parcerias em áreas estratégicas
para continuarem a lutar
pela tão almejada emancipação
económica que vai permitir,
entre outros aspectos, a criação
de mais postos de trabalho.
Para o efeito será preciso
garantir a transferência de
tecnologias, investimentos em
infra-estruturas, devendo para
a concretização desse desiderato
garantir-se que as pessoas
saibam como a democracia
pode contribuir para o alcance
desse fim.
“A África do Sul continua
a crescer mas é importante
pegar nas oportunidades
que são criadas para criar
mais postos de trabalho e,
desse modo, continuar com
esse desenvolvimento. Precisamos
aprender uns com os
outros, ver as oportunidades
existentes com a diplomacia
dos dois países”, disse Daryl
Swanepoel, um dos empresários
sul-africanos e representante do
partido Congresso Nacional Africano
(ANC).
Para a representante dos
empresários moçambicanos e
membro do partido Frelimo,
Esperança Bias, Moçambique e
África do Sul são países cujos
povos têm uma história comum
que é a luta para a libertação e
melhores condições de vida, daí
que tanto o ANC como a Frelimo
querem ver os seus cidadãos
mais desenvolvidos.
“Ainda há um grande caminho
por percorrer. Temos
muitos constrangimentos e
barreiras que devemos ultrapassar,
por isso vamos juntar
as sinergias dos empresários
e empreendedores moçambicanos
e sul-africanos para
conseguir avançar”, sublinhou.
Para Esperança Bias, há
pequenos projectos que podem
gerar grandes movimentos, sobretudo
em áreas como a agricultura,
pecuária, turismo, entre
outras, que por essa razão
podem constituir uma porta de
entrada para os empresários
interessados em investir nelas,
tomando em consideração que
o Governo moçambicano continua
a lutar para melhorar o
ambiente de negócios.
Angelina Mahumane
angelina.mahumane@snoticicas.co.mz