Treze mil toneladas de castanha de caju foram até ao momento comercializadas na província de Inhambane, mais 8 mil face ao planificado para esta cultura de rendimento.
Tomás Marrengula, da delegação Provincial do INCAJU – Instituto Nacional do Caju em Inhambane, desse que o ano foi atípico na produção da castanha facto que permitiu alcançar e ultrapassar a meta inicialmente planificada.
As altas temperaturas registadas em 2015 e o tratamento químico dos cajueiros são apontados como factores que influenciaram a produção recorde que a província alcançou.
Segundo Marrengula, Inhambane conta com cerca de trezentos provedores na sua maioria localizados nos distritos de Panda, Homoine, Morrumbene, Funhalouro, Mabote.
São estes provedores que garantem a pulverização das plantas enquanto os produtores, empenham-se no maneio integrado, cumprindo com as indicações para uma boa produção.
A fonte disse tratar-se de estratégias que estão a surtir efeitos almejados, pois os produtores não ficam a espera dos técnicos do INCAJU para podar ou fazer limpeza nas suas plantas.
“Já é tradição em Inhambane os produtores fazerem o tratamento e cuidar dos seus cajueiros facto que estimula a produção” indicou Tomás Marrengula, acrescentando que graças a este empenho a produção tem vindo a aumentar ano após ano.
E por que a campanha de comercialização da castanha de caju prossegue até finais deste Abril, a INCAJU em Inhambane tem a expectativa de ultrapassar a meta de quinze mil toneladas.
O nosso entrevistado disse, por outro lado, que o preço de comercialização da castanha foi este ano aliciante. O quilo chegou a ser vendido a quarenta e cinco meticais o que, de certa forma, estimulou os produtores.
A comercialização da castanha de caju em Inhambane, além de aumentar a renda familiar, este ano, está a contribuir significativamente na mitigação dos efeitos da seca .
Em Funhalouro conversamos com Carlos Mbanquine, um dos provedores disse ter vendido perto de uma tonelada e meia da castanha e, com o dinheiro conseguido, adquiriu produtos básicos para alimentar o seu agregado de sete pessoas.
“Não foi suficiente mas conseguimos comprar sal, açúcar, farinha feijão, sabão e outros produtos que vamos usar ate finais de Abril” referiu Mbanquine , um dos produtores da castanha de caju de referência no distrito .
João Mazive é outro produtor de Funhalouro. Ele não contabilizou a quantidade da castanha vendida mas diz ter conseguido dinheiro suficiente para comprar comida para os próximos dias.
“Apesar de serem caros alguns produtos alimentares, fiz compras suficientes para mais de um mês e tenho ainda algum dinheiro fruto da comercialização da castanha de caju. Espero vender mais porque os meus cajueiros prometem mais alguma produção dentro de dias” indicou o produtor Mazive.
Aminosse Moisés