Centenas de unidades industriais e comerciais serão instaladas nas bermas da Secção V da Estrada Circular Maputo -Matola, num troço de 16 quilómetros, entre os bairros Zimpeto e Tchumene.
O projecto é do Conselho Municipal da Matola e visa a criação dum novo pólo urbanístico, com infra-estruturas industriais e comerciais, redes de transporte e comunicações, energia, saneamento e equipamentos sociais.
A edilidade da Matola prevê que as futuras unidades industriais e comerciais contribuam para a robustez financeira do município através de taxas e impostos.
Está previsto que as entradas às futuras unidades económicas sejam através de ruas secundárias perpendiculares à estrada circular, não a partir da via principal, para evitar congestionamentos e acidentes.
De resto, a construção da estrada circular Maputo – Matola é um dos motivos que ditou a revisão do Plano de Estrutura Urbana da Matola, aprovado há sensivelmente cinco anos pela Assembleia Municipal.
Áreas definidas inicialmente para a actividade agrícola estão a ser reorientadas para outros fins, privilegiando-se a cintura do rio Mulaúze para a prática da agricultura.
O Presidente do Município da Matola, Calisto Cossa, disse que a requalificação da Secção V da Estrada Circular já iniciou, havendo centenas de investidores interessados em instalar unidades produtivas e comerciais.
Pelo menos três mil pedidos de terrenos para unidades industriais e comerciais deram entrada no Conselho Municipal da Matola.
O edil da Matola falava a empresários moçambicanos e estrangeiros por ocasião do lançamento do festival intermunicipal que junta as cidades da Matola, Mbabane (Suazilândia), Mbombela e Nkomazi (África do Sul), a ter lugar de 20 a 25 de Outubro corrente em Mbombela.
Calisto Cossa explicou que a ideia é transformar as áreas adjacentes à “circular”, de Zimpeto a Tchumene, em zona industrial e comercial, o que permitirá não só a melhoria do aspecto paisagístico das mesmas, mas também a criação de postos de emprego e elevação da colecta de receitas para a autarquia.
O dirigente apontou que a edilidade pretende construir uma Matola diferente, que não se esgote apenas em habitações, que conferiram àquela urbe o estatuto de “cidade dormitório”.
– Estamos empenhados com o processo da requalificação da estrada circular, sabemos que esta via custou muito dinheiro ao Governo Central e somos da opinião que é preciso criar ao longo da mesma infra-estruturas económicas que possam trazer um benefícioreal e tangível para a nossa cidade e não só.
Calisto Cossa sublinhou que “teremos lá unidades produtivas, industriais e comerciais que possam trazer riqueza para a nossa cidade.Não queremos ao longo da circular a proliferação de barracas e residências”.
O edil anunciou na ocasião um projecto designado “Mucatinedreams”, o qual prevê a construção duma cidade moderna com todo o tipo de serviços sociais para a população.
Tal como referiu, o projecto vai consistir na construção de habitações verticais, acção a ser acompanhada por instalação de infra-estruturas de abastecimento de água, energia, vias de acesso, entre outras.
“O que queremos neste projecto é a verticalização das construções, principalmente para os lotes que serão para habitação. Estávamos a sonhar, iniciamos e felizmente o projecto está numa direcção certa e precisa de todos matolenses para a sua implementação”, anotou.
Estrada T3 – Boquisso em obras
A via ligando os bairros T3 – Boquisso está a beneficiar-se de obras de asfaltagem desde semana finda, no quadro do cumprimento do programa anual de melhoramento de estradas no Município da Matola.
Com uma extensão de 18 quilómetros, numa primeira fase está a ser intervencionado um troço de sete quilómetros, do bairro T3 até Khongolote, na zona do cemitério municipal.
No entanto, toda extensão da estrada foi intervencionada para permitir uma melhor mobilidade dos automobolistas e em condições de segurança.
O Presidente do Município da Matola, Calisto Cossa, referiu que a asfaltagem da estrada será faseada devido a limitações financeiras, devendo concluir-se os restantes onze quilómetros no próximo ano.
– Esta via é estratégica para escoar o tráfego para os bairros da zona norte da Matola como Intaka, Boquisso e Malí, dai que não podíamos esperar mais. Onde não podermos asfaltar agora, preparamos a base para garantir uma circulação de viaturas sem dificuldades mesmo na época chuvosa que se aproxima, indicou.
A via em obras é também uma alternativa da estrada asfaltada também este ano ligando os bairros Zona Verde e Khongolote. O objectivo do município é aliviar as vias principais e garantir a ligação inter-bairros sem sobressaltos.
A asfaltagem daquela via segue-se à conclusão da estrada EN4 – MachavaSocimol, com cerca de seis quilómetros, e à reabilitação da avenida da Namíbia, no centro da Cidade da Matola, com dois quilómetros de extensão.