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Os munícipes de Namaacha e vendedores da feira local, oriundos de diferentes bairros dos municípios de Boane, Matola e Maputo, mostram-se satisfeitos com a entrada em circulação dos autocarros da Empresa Municipal de Transporte Público da Matola (ETM), que fazem a ligação entre aquela vila fronteiriça e a capital do país.
A circulação de autocarros
para aquela vila
municipal iniciou no
passado mês de Julho
do corrente ano. A primeira
carreira é às 5.00 horas e
a última às 22.00 horas. Os mesmos
transportam trabalhadores
de diferentes ramos de actividade,
sobretudo os funcionários do
Estado, assim como vendedores
de diferentes centros comerciais
que residem fora da vila municipal.
domingo sabe que a necessidade
de introdução de mais
autocarros para o serviço público
de passageiro foi reclamada
recentemente pelos munícipes
durante a visita do Chefe do Estado,
Filipe Nyusi, àquela vila.
Ultimamente os utentes daquele
serviço andam felizes e,
segundo nos revelaram, comparativamente
aos transportadores
semi-colectivos, as tarifas aplicadas
são razoáveis e têm a particularidade
de não cobrarem aos
idosos.
As enchentes verificam-se
com maior frequência nas quartas-
feiras e sábados, dias que há
abertura da feira comercial em
Namaacha. Os autocarros cobram
50 meticais, contra os 70
dos “chapas”.
De referir que actualmente
circulam três autocarros, mesmo
assim parece que o número está
longe de responder à procura.
Há quem diga que se devia auA circulação de autocarros
para aquela vila
municipal iniciou no
passado mês de Julho
do corrente ano. A primeira
carreira é às 5.00 horas e
a última às 22.00 horas. Os mesmos
transportam trabalhadores
de diferentes ramos de actividade,
sobretudo os funcionários do
Estado, assim como vendedores
de diferentes centros comerciais
que residem fora da vila municipal.
domingo sabe que a necessidade
de introdução de mais
autocarros para o serviço público
de passageiro foi reclamada
recentemente pelos munícipes
durante a visita do Chefe do Estado,
Filipe Nyusi, àquela vila.
Ultimamente os utentes daquele
serviço andam felizes e,
segundo nos revelaram, comparativamente
aos transportadores
semi-colectivos, as tarifas aplicadas
são razoáveis e têm a particularidade
de não cobrarem aos
idosos.
As enchentes verificam-se
com maior frequência nas quartas-
feiras e sábados, dias que há
abertura da feira comercial em
Namaacha. Os autocarros cobram
50 meticais, contra os 70
dos “chapas”.
De referir que actualmente
circulam três autocarros, mesmo
assim parece que o número está
longe de responder à procura.
Há quem diga que se devia aumentar pelo menos mais um, sobretudo
nos dias da feira.ALÍVIO
Munícipes e utentes dos serviços
de transporte público de
passageiros que ligam os municípios
de Maputo e Namaacha
consideram que a entrada em
funcionamento destes meios é
um alívio para eles.
Há quem começe a fazer as
contas dos gastos diários e diz
que passou a poupar 40 meticais,
dos 140 que pagava no “chapa
100”.
Luís Mandlate, morador no
bairro de Magoanine, município
de Maputo, conta que vai à Namaacha
todas as quartas feiras e
sábados para participar na feira
local onde vende roupa masculina
e feminina.
Mandlate diz que o exercício
é dispendioso, pois para chegar
ao local viajava em dois ou
três chapas, tanto na ida, assim
como na volta.
“A circulação de autocarros
é bem-vinda porque já
passei a poupar diariamente
40 meticais, mais o dinheiro
da trouxa, que variava entre
50 a 100, às vezes 200 meticais.
Portanto, é um alívio
para nós que escalamos este
distrito duas vezes por semana
para ganhar pão”, disse.
Por sua vez, Zaida Mulima,
munícipe de Namaacha, disse
que está satisfeita com a iniciativa
do Governo, visto que veio
aliviar o sofrimento dos idosos,
que, devido a falta de transporte,
eram obrigados a passar humilhações
dos transportadores semicolectivos.
Os transportadores semicolectivos
não respeitam o
passageiro. Talvez com a entrada
em circulação dos autocarros
se possa inverter este
cenário. Acho que nenhum
dos idosos passará a apanhar
semicolectivo porque nos autocarros
não pagam, disse,
acrescentando que no “chapa
100” não se podia sair da terminal
sem que todos os assentos
estivessem ocupados.
Por seu turno, Alima Omar,
também vendedora na feira e
residente no Bairro do Infulene,
município da Matola, disse que
a medida chegou numa boa altura,
mas peca por não abranger as
principais ruas do seu município.
Transportadores
“semicolectivos”
A entrada em funcionamento
do serviço de transporte público
de passageiros para a vila de Namaacha
não é bem vista pelos
transportadores de “semicolectivos”,
vulgo “chapa 100”, daquela
rota.
Os mesmos entendem que a
medida veio para condicionar o
seu negócio. Tudo porque as tarifas
aplicadas pelo transporte
público são baixas e o seu terminal
funciona na fronteira. Este
facto desvia os passageiros que
no passado recente dependiam
dos seus serviços.
Como forma de protestar,
os transportadores paralisaram
as suas actividades durante três
dias, na última semana.
Segundo o chefe de rota da
Associação dos Transportadores
de Namaacha (ATRANSSENA),
André Gavomende, pretendiam
mostrar a sua indignação e pedir
o estabelecimento de uma nova
tabela para o transporte público.
Para o efeito, remeteram na
passada quarta-feira uma carta
à Direcção Provincial dos Transportes
e Comunicações de Maputo
no sentido de esta instituição
tomar em consideração as
suas preocupações.
De referir que estes retomaram
os seus trabalhos na passadaquinta-feira, sem, no entanto,
receber a resposta do Governo,
alegadamente porque constataram
que havia muita gente que
estava a sofrer nas paragens para
apanhar o transporte.
Enquanto ficamos à espera
da resposta, vão circulando
aqueles carros que não usam
gasolina. Numa primeira fase
vamos esperar 15 dias. Se a
resposta não for satisfatória,
vamos continuar a escrever
até que seja reposta a verdade,
disse.PREÇO ACEITÁVEL
O vereador para Actividades
Económicas do Município de Namaacha,
Iassine Aly, disse que a
tarifa aplicada para o transporte
público de passageiro é aceitável,
atendendo que uma parte
dos seus utentes faz a “conta
própria”.
Iassine Aly reagia à posição
dos transportadores “semicolectivos”
que paralisaram a actividade
durante três dias na semana
passada, exigindo a revisão da
tarifa.
Lembrou que antes desta paralisação
houve um encontro no
dia 28 de Julho entre as autoridades
municipais e os transportadores.
Nós dissemos que não temos
competências para estipular
novos preços. Não só,
achamos que aquela taxa vai
ao encontro das condições sócio
económicas dos utentes.
Para o efeito, orientámos para
estes fazerem uma carta dirigida
à Direcção Provincial dos
Transportes e Comunicações
a apresentarem essas preocupações,
disse.
Acrescentou que ficou surpreendido
quando soube que os mesmos
tinham decidido interromper
os trabalhos e colocado barricadas
na estrada.
Reagindo ao pedido dos munícipes
em relação ao aumento
do número de autocarros, disse
que ainda estão na fase de avaliação
da actual demanda.
Antes funcionávamos com
um autocarro. Na visita do
Presidente da República à
Namaacha, a população pediu
mais autocarros. Passado um
tempo introduzimos mais um.
E por causa da paralisação
que houve solicitámos mais
um outro e passamos a contar
com três.
Abibo Selemane
habsulei@gmail.com
Fotos de Jerónimo Muianga