Os candidatos a presidente da Federação Moçambicano de Futebol (FMF) vão dizendo tudo que lhes vem a alma. Prometem alegria ao futebol, apuramentos constantes ao CAN e ao campeonato do mundo, melhoria de vida aos clubes etc, mas ninguém diz de concreto o que os protagonistas do futebol, os jogadores, devem esperar.
Um e outro é pelo bem-estar dos já antigos jogadores, como se o futebol que se pretende no futuro se fizesse com estes e não com os jovens de hoje e de amanhã.
Alguns candidatos perdem mais tempo a falar mal dos outros, ao invés do que pretendem com o futebol nacional. Uns julgam-se mais do desporto que outros, mas nenhum deles é doutorado em Educação Física e Desporto.
Muito falaria daquilo que estes candidatos não deviam dizer, mas o propósito deste texto é dizer algumas coisas que deviam prometer para realmente o nosso futebol crescer de boa saúde nos próximos tempos.
– Que a FMF vai estabelecer o salário mínimo a ser atribuído pelos clubes aos jogadores profissionais.
– Que a FMF passa a exigir aos clubes a assistência médica e medicamentosa aos jogadores e aos seus familiares mais chegados (filhos e esposas).
– Que os clubes devem apresentar garantia bancária no inicio de cada época para se evitar que jogadores fiquem meses sem salários.
– Que todos os clubes do Moçambola deverão possuir campos relvados, nem que seja em parceria com os governos locais ou municípios.
– Que a FMF não permitirá que um clube contrate, por exemplo, 45 jogadores só para impedir que os outros tenham maior opção de escolha.
– Que serão estabelecidas regras vitais a serem cumpridas por jogadores que forem convocados para os trabalhos das selecções nacionais.
– Que os clubes serão exigidos a terem regulamento disciplinar interno para evitar que os jogadores não se confundam com bêbados que amanhecem nas barracas a beber, mesmo sabendo que devem ir aos treinos e aos jogos.
– Que os jogadores tenham seguro de vida.
– Que a FMF vai promover cursos de qualidade e duradoiros para os árbitros e técnicos.
– E uma Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) dirigida por um jurista competente, que permita “julgamento” aos árbitros prevaricadores.
Manuel Meque