A pobreza sendo um dos grandes males que afecta a sociedade moçambicana, deve ser encarada por todos nós, com a seriedade devida,sendo de louvar a atitude do presidente Filipe Nyusi, quando priorizou o combate à pobreza como ponta de lança, e o desiderato mais pungente da sua governação.
Por onde quer que andemos, lá numa esquina, há sempre um encontro desconfortável, uma realidade desprovida de maquiavelismo da politica:uma criança esfaimada a pedir, um adulto pedinte de mão estendida, um doente com Hiv abandonado à sua sorte, que nem a família o quer ver,…e outros a beber thonthonto nos subúrbios ou cerveja, num bar, empoeirado e cheio de moscas e pouca higiene, à espera que alguém lhes pague a conta.
No ocidente fala-se em paradigma africano, mas nada sôa mais falso nem mesmo a brincar.A pobreza africana está intimanente ligada a brutal politica de exploração colonial que durou 500 anos, e que empobreceu o continente e as suas gentes, enquanto enriquecia as elites europeias.Por esse factor, quando se fala de pobreza, a africana é mais visivel e dramática , e Moçambique, apesar do esforço do governo,54 por cento, vive ainda abaixo da linha da pobreza.Na cidade de Maputo o quadro já foi pior.Hoje a cidade tem a cara mais lavada, e se a culpa é da economia de mercado, tudo se conjuga a um rompimento com os paradigmas, tendo em conta os barulhos de máquinas e andaimes da construção, o barulho de carros, um indicativo da pujança de uma elite económica, e uma classe media, a dar um retrato menos serpenteado da realidade.Moçambique quer avançar, tem as mangas arregaçadas, mas a vulnerabilidade social face aos efeitos das endemias, a resistir ao tipo actual de tratamento, provocam certa apreensão, nada abstrata, aos efeitos de uma democracia em que eu acredito e a maioria se revê; é que apesar dos desafios da incerteza global, temos uma economia sustentável, assente nos grandes depósitos de gaz, carvão e pedras preciosas, portanto apesar do aparente agravamento da dívida, não existe problema de crédito na contínua construção de infraestruturas, nem de liquidez bancária.
A pobreza e a exclusão social são fenónemos que continuam a fustigar as capitais provínciais no seu todo, mas como para todos grandes males, existem grandes remédios.A pobreza não deve ser escondida, por poder dar lugar a outros males, como o crime, a prostituição, e doenças de foro psicológico, além do alcoolismo e da gatunagem.Não ter casa própria,sem electricidade,casas de banho sem esgotos ligados a rede saneamentos é pobreza.Contrai o desenvolvimento normal psicológico individual, contribuindo para o surgimento de comportamentos tipológicos de jovens,que deseperadamente se recusam continuar a lutar.Ora quem desiste da competitividade ainda jovem, é quase certo que vai engrossar o exército dos pobres.
Eu considero que só somos plenamente humanos ,quando nos transcendemos, dando e ajudando os outros.Não é competência somente do governo combater a pobreza, mas activismo de todos:empresários, partidos políticos, a sociedade civil em geral,organizações não lucrativas de apoio social, e filantrópicas, assim como a igreja.O nosso capitalismo deve ter o rosto humano, e não motivado pelo racionalismo desumano, que levou o ocidente a escravizar os africanos para a America, e que levou ao colonialismo dos africanos, e que levou a actual sociedade ao egoismo, e à degradação da espécie humana e ao fanatismo religioso.Temos de delegar às mulheres a relevante missão social e económica tradicional, assim como a produção alimentar.Diz um ditado que uma mulher política e económicamente enquadrada,pode fazer diferença na comunidade onde vive,e nós africanos sabemos disso, melhor do que ninguém.A puberidade é uma idade escolar,nunca se deve abandonar os estudos antes de concluídos.Uma jovem de treze ou 14 anos que engravida , é porta aberta para a pobreza.É tão certo que depois de uma vêz,uma outra certamente estará a caminho,e sem sustentabilidade económica, e psicológica, com todo o stress envolvente, é quase impossível voltar aos estudos.
Educação e emprego devem ter um papel contínuo de combate pedagójico contra a pobreza.Quando a pessoa conclui o curso superior, luta por um emprego compatível, e necessariamente possui um ângulo de visão mais abrangente, sendo mais exigente, de acordo com o padrão de ensinamentos obtidos.No Canadá e Estados Unidos, estatísticas apontam que o nível escolar de casais com problemas com autoridades, é baixo.O baixo índice de escolaridade nos casais, acontece muito entre imigrantes latinos com origem na América do sul, comunidade portuguesa, e mormente com origem nos Açores e Italiana.
A família nuclear, assim como a comunidade, escolas e a igreja devem funcionar como pólos centrais de todo um trabalho com vista a criar cidadãos exemplares, assim como o desporto com os nomes sonantes,e artistas serem modelos exemplares de bom comportamento.A sociedade deve ser reforçada de valores morais e bons exemplos, potenciar os jovens a ver a educação um meio de autosuficiênciae afirmação social, e de fugir ao nhowlenismo.
No campo, cooperativas devem ser encorajadas com modelos práticos e aulas teóricas, e o projecto vulgo 7 milhões, iniciativa do ex-presidente Armando Guebuza, acessível e divulgado.Em países desenvolvidos como Canadá, Espanha,Itália, Israel e Escócia,existem cooperativas agrícolas, de habitação de calçado, vinho e um sem número de inciativas muitíssimo bem sucedidas, cujos produtos são exportados a vários paises.
E para terminar as multinacionais devem pagar os impostos, sendo papel do governo exigir o seu pagamento, como parte de colecta para os cofres do estado.Se as multinacioais são responsáveis da saída de dividendos pagos pelas suas acitvidades , o papel do estado como provedor de política social, não pode ficar adiado, e nem os pobres ficam com o sonho adiado.
·Dlhakama continua a brincar com os moçambicanos e vai dizendo que não se conforma com a derrota eleitoral,quando esta foi confirmada por ele, ao mandar os seus deputados tomar os seus assentos na Assembleia da República.A vitória de Filipe Nyusi , foi confirmada por todas as organizações internacionais convidadas, União Europeia e Estados Unidos Unidos, Canadá, …E CNE,Observatório Eleitoral,Tribunal Constitucional , tendo todos os partidos estado presentes na gestão eleitoral.Por quem Dlhakama nos toma?
.A descentralização do estado a acontecer, e quando tiver de acontecer, nunca será à luz das reivindicações da Renamo.Em Outubro passado, tivemos eleições para a presidência da República e Assembleias provinciais e não um referendum constitucionalI
Unidade Nacional, Paz e Progresso
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Inácio Natividade