A Academia de Xadrez da Matola vai capacitar dezenas de professores das escolas dos municípios de Chibuto e Manjacaze, na província de Gaza, e Inhambane, na província de Inhambane, em matérias de xadrez, numa iniciativa enquadrada no programa de massificação da modalidade.
No dia 15 de Junho corrente, a academia vai oferecer tabuleiros ao Município de Chibuto, para, dia seguinte, ser a vez do Governo Provincial de Gaza ser contemplado com 500 tabuleiros.
Segundo apurou o nosso jornal, a distribuição de material da modalidade naqueles pontos visa incentivar a criação de núcleos locais e posteriormente academias de xadrez, onde os alunos possam desenvolver as suas capacidades.
O presidente do Município de Inhambane, Benedito Guimino, revelou que Inhambane está a preparar-se para o desafio. Guimimo falava no final duma audiência concedida à direcção da academia retromencionada, liderada por Domingos Langa.
O edil anunciou que a capacitação vai beneficiar um total de 54 professores em representação de 26 escolas. “Pretendemos formar pelo menos dois professores em cada escola. A cidade de Inhambane tem 26 escolas primárias. Estamos a falar de 54 formandos e também vamos encontrar alguns formandos ao nível das comunidades em número de seis. Esta formação vai acontecer em quatro dias, e prevemos que tenha lugar durante o mês de Junho e estamos a nos organizar nesse sentido”, disse.
Entretanto, a Academia de Xadrez da Matola entregou recentemente 50 tabuleiros de xadrez ao Conselho Municipal da Maxixe, que, por seu turno, irá distribuir o material por todas escolas primárias e secundárias no território municipal.
António Romão, patrocinador do material, sentia-se satisfeito. Para ele, o acto significa que a prática desta modalidade será realidade na capital económica da província de Inhambane.
Em 2014, foram formados na Maxixe cerca de 100 monitores de xadrez com o objectivo de conduzirem o processo de massificação desta disciplina naquela região.
Falando a propósito, o director e patrono da Academia de Xadrez da Matola, Domingos Langa, observou que é necessário mais material para colocar todo o país a jogar xadrez.
“Acreditamos que somente uma boa massificação nos pode garantir a produção de atletas competentes e vencedores na alta competição”, frisou Domingos Langa.
O dirigente referiu que para a massificação da modalidade, a academia que dirige aposta seriamente na formação dos professores em matéria de xadrez.
“O nosso esforço já resultou nas províncias de Maputo, Inhambane e cidade de Maputo. Já iniciamos na província de Gaza e agora estamos na fase de inserção em Sofala, o que nos contenta bastante, sobretudo por termos empresas ao nosso lado para este projecto de pôr todo Moçambique a jogar xadrez”, referiu.
A primeira aposta de Domingos Langa foi a criação da Escola de Xadrez da Matola, que ao longo de muitos anos produziu xadrezistas que hoje são “craques” da modalidade e representam o país em várias ocasiões.
Do sucesso da Escola emergiu a Academia de Xadrez da Matola, esta que hoje é responsável pelo renascimento deste desporto onde já não se praticava e sua implantação onde nunca existiu.