Os árbitros e cronometristas acusam a Federação Moçambicana de Natação (FMN) de falta de vontade para a liquidação de uma divida que dura desde Janeiro deste ano resultante do trabalho efectuado aquando do campeonato nacional do verão.
Os árbitros dizem que os dirigentes da FMN propositadamente divergem na justificação do atraso no pagamento da divida no valor de 114,000,00Mts, o que mais lhes aborrece.
“O presidente diz que não há dinheiro, mas a conta está em dia e o Secretário-Geral diz que existe dinheiro, mas a conta da federação está bloqueada. Eles contradizem-se” disse um árbitro que preferiu não se identificar por temer represálias.
“Tudo se prende com o bloqueio da conta da FMN pelo banco, exigindo publicação no BR (Boletim da República) do despacho da legalização da FMN e Estatutos reconhecidos. Esse processo está a levar tempo”, respondeu-nos Fernando Miguel, presidente de direcção da FMN.
Fernando Miguel também nos fez saber que não é só aos árbitros e cronometristas que a FMN está a dever.
“Não estamos em contradição, trata-se de uma informação oficial da FMN sobre pagamentos atrasados, não só dos árbitros, como também de vários outros compromissos com terceiros, incluindo no estrangeiro e na CANA (Confederação Africana de Natação). A mesma informação e o dossier são do domínio dos árbitros”, evocou o presidente da FMN.
“Cada verba e cada patrocínio tem finalidade especifica e a verba que inclui despesa do “Nacional” de Janeiro de 2015 existe, porém foi bloqueada pelo banco”, respondeu Fernando Miguel quando questionado como era possível com conta bloqueada haver dinheiro para viagens para dentro e fora do país e não existir para pagar os árbitros.
“Não é verdade que a conta da FMN esteja bloqueada. Se na verdade estivesse bloqueada não teria havido festa de regresso de Angola, onde as despesas do combinado moçambicano terão sigo pagas pelos donos de casa, mas temos ouvido dizer que há dívidas com os angolanos”, reagiu uma das nossas fontes junto dos árbitros.
A FMN recebeu o ano passado do contrato-programa com o Governo 1.250.000,00Mt (um milhão e duzentos e cinquenta mil meticais), o mesmo valor atribuído para o presente ano.
