O jardim dos “Madjermanes” foi o palco escolhido para Orlando Venhereque mostrar, uma vez mais, o fruto das suas jornadas pelo mundo da música, aqui como na vizinha África do Sul onde fixou arraias há muitos anos.
Na sessão, Venhereque fez-se acompanhar de Hélder Gonzaga na guitarra baixo, Texito Langa na bateria, Válter Mabas no solo, para destilar vários temas do disco Healing Africa.
Já na na segunda música,”Somos africanos” os artistas se extasiavam. Havia ali algo de mágico entre o baixo de Gonzaga e, o Saxofone de Venhereque e dos outros integrantes da banda.
Aliás, Venhereque voava entre a flauta e o saxofone para encantar o público presente. Orlando, que vive na África do sul há alguns anos, veio a Moçambique simplesmente para promover seu álbum. Quanto ao concerto, ele poupa as palavras: “o público nos recebeu bem, foi positivo”, diz. Válter Mabas acrescenta: “foi um momento de aprendizagem, o concerto foi espacial”.
COMPETITIVIDADE
Para além de dez (10) temas do antigo álbum lançado em 2013, Orlando tocou mais três músicas que farão parte do seu novo disco. Trata se das músicas “Regain Freedom”, “Gully Soul” e “Humble Beginnings”. Com muita experiência, Venhereque ainda reclama o acesso ao mercado no estrangeiro: “Na África do sul há muita competitividade, cada um procura seu espaço e não é fácil, mas faço colaborações com muitos artistas”.
O artista diz estar a preparar um álbum novo, com esperança de o lançar ainda este ano, “está numa fase de esboço ainda, mas já tenho a ideia de como será, o problema é arranjar financiadores do projecto”, conta.
Sobre a aquisição dos seus discos, diz que a melhor opção que poderia ter feito era levar o produto ao encontro do público: “já acabamos os discos porque houve uma grande procura”.
Para fechar o concerto, orlando tocou “Marrabenta”, um dos temas do seu álbum. O público foi mais longe, levantou- se e o acompanhou na dança improvisada. “Estamos a arrumar o material; agora vamos ensaiar em casa”, brincou Orlando, para anunciar o encerramento do concerto. E ante os pedidos para mais uma música, alertou: “estarei de volta em Outubro, vou tocar na Beira também e se calhar vou mesmo escalar o norte do país”.