O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano decidiu, recentemente, substituir o exame da 5ª classe por uma avaliação final e fixar em três o número de exames a serem efectuados no ensino geral.
O Sistema Nacional de Educação possui três ciclos de transição, nomeadamente, ensino primário (da 1ª a 7ª classe), secundário básico (8ª a 10ª classe) e secundário geral (da 11ª a 12ª classe).
Em função desta realidade, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano decidiu que os exames só serão feitos no fim de cada um desses ciclos de ensino.
Isto significa que, doravante, os alunos deverão realizar três exames em todo o Sistema Nacional de Educação geral, 7ª classe (ciclo primário), 10ª classe (primeiro ciclo do secundário) e 12ª (segundo ciclo secundário).
Foi nesta base e à luz do regulamento das avaliações que se decidiu substituir o exame da 5ª Classe por uma avaliação final, visto que não representa o fim do ciclo primário.
Segundo o porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Eurico Banze, a avaliação é um instrumento indissociável do processo de ensino e aprendizagem. Ela tem vários objectivos e no regulamento estão plasmados sete que permitem que o professor de forma continua vá monitorando o nível de competências adquiridas pelos alunos.
O regulamento define vários tipos de avaliação: contínua, sistemática, periódica, final e exame.
Segundo Eurico Banze, embora o ensino primário completo esteja também subdividido em três ciclos, 1ª e 2ª Classe; 3ª a 5ª Classe e 6ª a 7ª Classe, apenas realizarão uma avaliação final no fim dos dois primeiros ciclos e um exame no fim do terceiro, portanto na 7ª Classe.
“Antes faziam um exame no meio dos três ciclos, o da 5ª Classe, daí o alinhamento lógico de avaliação ao ensino primário”, explica Banze, tendo sublinhado que “simplesmente estamos a alinhar o sistema de avaliações porque não tínhamos escolas com o ciclo primário completo”, rematou.
Num outro desenvolvimento, Banze referiu que no novo regulamento o professor surge como principal agente do processo de ensino e aprendizagem, razão pela qual se aumentou a sua responsabilidade e responsabilização no processo.
“Como ele conhece os passos e evolução dos alunos, o professor será responsável pela avaliação contínua e sistemática do aluno, enquanto o distrito se ocupará pela avaliação periódica e por fim a província se encarregará da avaliação final”, explicou ainda o porta-voz.
MUDANÇA TAMBÉM
NO ENSINO SECUNDÁRIO
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano entendeu que, de acordo com o sistema, o aluno chega a 10ª classe aos 14 anos de idade, onde é sujeito a realizar 9 a 10 provas de exame.
As autoridades da Educação entendem que este número de exames é exagerado, tendo em conta a idade dos alunos, daí a opção de redução até cinco avaliações desta magnitude.
Nestes moldes, alunos da 10ª e 12ª classe serão obrigados a efectuar os exames de Português, Matemática e Inglês, mais duas disciplinas que anualmente serão indicadas pelo sector da Educação.
“É possível sob ponto de vista de avaliação das competências para a 10ª e 12ª classe aglutinar certas disciplinas de modo a reduzir o número de exames que uma criança de 14 anos realiza”, defendeu o nosso entrevistado.
O ministério está convicto que a partir das cinco disciplinas eleitas para exame seja possível ir avaliando outros elementos das cadeiras que não estejam selecionadas para avaliação.
Segundo a fonte o sucesso deste regulamento exige a responsabilidade de toda a sociedade, professores e alunos, para que no fim os estudantes adquiram as competências necessárias para a sua formação.
Jaime Cumbana