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Nacala recebe nova central eléctrica

Por admin

O fornecimento de energia eléctrica ao sistema de abastecimento de água potável às populações e às unidades sanitárias, entre outros serviços sociais, na cidade portuária de Nacala, na província de Nampula, passou, desde segunda-feira última, a ser assegurado por uma nova central de emergência, com capacidade instalada de 18 megawatts.

Esta iniciativa, da Electricidade de Moçambique EP (EDM), surge na sequência do derrube de 10 torres de transporte de corrente eléctrica na província da Zambézia, como resultado das intensas chuvas que se registam nas regiões centro e norte do país. O incidente deixou quatro províncias sem energia eléctrica, incluindo aquela zona económica em franco crescimento.

Para minimizar o impacto da falta de energia em Nacala, a EDM teve de reconfigurar a central eléctrica, que tinha sido concebida para compensar o défice de energia nas horas de ponta naquela autarquia, passando, deste modo, a operar em regime de emergência.

Conforme explicou Carlos Yum, Administrador Executivo da EDM, a central de emergência vai operar entre 12 e 14 horas por dia, garantindo o fornecimento de energia eléctrica, de acordo com a capacidade instalada de 18 megawatts, “que representam o consumo de quase metade de Nacala e talvez 60 por cento de Nampula”.
Entretanto, esclareceu o Administrador Executivo da EDM, neste momento, devido às limitações de carácter técnico, a empresa apenas vai injectar 11 megawatts produzidos por esta central, até que sejam ultrapassados, do lado da rede, alguns constrangimentos, o que irá permitir uma injecção de 18 megawatts”.
Para já, aquela infra-estrutura eléctrica vai fornecer, em Nacala, as cargas seleccionadas, nomeadamente hospitais e FIPAG, incluindo a cidade de Nampula, sendo que a produção dos 11 megawatts previstos vai requerer da EDM um investimento avultado em combustível, para além do custo de aluguer dos geradores.
Importa realçar que a EDM projectou a central de ponta, em Dezembro passado, antes do derrube das 10 torres de transporte de corrente eléctrica na província da Zambézia, com o objectivo de suprir algumas horas de restrições em Nacala.

“Esta central tinha sido concebida para funcionar num regime de quarto ou cinco horas por dia, de modo a compensar o défice no fornecimento de energia nas horas de ponta, apesar do transporte da linha Centro-Norte”, realçou Carlos Yum, ajuntando que “tivemos de fazer algumas alterações técnicas a nível da infra-estrutura, incluindo outros compromissos de logística em termos de fornecimento de combustível”.

“Isto tudo foi concluído agora. A EDM iniciou os testes sobre o funcionamento das máquinas e de segurança, tendo-se mostrado positiva, daí que a partir de 19 de Janeiro entraram em funcionamento”, finalizou.

 

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