Em todas as províncias do país houve festa rija última terça-feira para celebrar a vitória do Presidente Filipe Nyusi e do partido Frelimo. No inicio da manhã, militantes e simpatizantes desta formação política começaram a concentrar-se nos locais de escuta colectiva da cerimónia de validação dos resultados eleitorais por parte do Conselho Constitucional. Confirmada a vitória, começou a celebração.
Vitória celebrada com entusiasmo
André Jonas
Em Niassa, a cerimónia de validação e proclamação pelo Conselho Constitucional dos resultados das eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais de 15 de Outubro último foi caracterizada por muita festa e entusiasmo. Com o efeito, os camaradas, e não só, optaram por fazer a escuta colectiva, em telas montadas nas sedes das vilas distritais, postos administrativos, localidades e povoados.
Porém, o ponto mais alto das festividades aconteceu no Pavilhão Gimnodesportivo de Lichinga, vulgo “Aeroclube”, onde o membro da Comissão Política e chefe da brigada central que assiste a província de Niassa, Carvalho Muária, se juntou aos militantes, munícipes e outros residentes que, saindo de zonas recônditas da província, quiseram testemunhar, em grupo, a proclamação dos verdadeiros vencedores daquelas que foram as mais renhidas eleições de sempre, nomeadamente, a Frelimo e o seu candidato Filipe Jacinto Nyusi.
Inicialmente, a escuta colectiva estava agendada para a sede provincial do partido, evento que, mais tarde, viria a ser transferido para o opulento ginásio municipal, com o propósito de meter mais gente que se deslocou de muito longe para acompanhar aquele importante acontecimento.
Efectivamente, no Aeroclube houve de tudo, nomeadamente danças, música ligeira e tradicional as quais alegraram todos quantos se dignaram marcar presença naquele ginásio. Segundo uma fonte do secretariado da Frelimo, em Lichinga, mais gente marcaria presença se não fosse o mau tempo que se fez sentir.
De referir que em vários bairros, os festejos continuaram até noite dentro. Muitas casas de pasto estiveram repletos de gente para comemorar a confirmação de Nyusi como Presidente da República de Moçambique.
Missão cumprida
– Carvalho Muária, membro da Comissão Política da Frelimo
Para o membro da Comissão Política da Frelimo, Carvalho Muária, a validação e proclamação dos resultados das eleições de 15 de Outubro é sinónimo de ”missão cumprida”. “Sabíamos que a Frelimo e o seu candidato Filipe Nyusi tinham vencido as eleições, mas, para não nos antecipar ao Conselho Constitucional, preferimos esperar que o órgão apropriado fizesse o seu papel”, avançou Muária, prometendo não desiludir as pessoas que confiaram no projecto da Frelimo.
Muária falou das principais realizações plasmadas no manifesto eleitoral, apontando como principal desafio, a construção e asfaltagem da estrada entre as cidades de Lichinga e Cuamba, num extensão de 300 quilómetros, para além de prometer a reabilitação da linha férrea que liga a província de Niassa ao mar, facilitando desta feita o escoamento de mercadorias do Porto de Nacala para a parte norte da província do Niassa.
A provisão de mais água, mais salas de aulas, mais unidades sanitárias, mais expansão de telefonia móvel, electricidade e do ensino superior são entre outras realizações que constam no manifesto eleitoral da Fralimo, que a partir de agora vão ser transformadas em programa de governação para os próximo cinco anos.
O membro da Comissão Política da Frelimo lembrou ainda que para que tudo isso aconteça é necessária a preservação da paz, alicerce para a solidificação de um país que se pretende inclusivo, efectivo e livre de fome e outros males que grassam o povo moçambicano.
“A partir de agora, convidamos o povo moçambicano para estar connosco nesta batalha incessante de combate à pobreza, dando tudo de si para o aumento da produção e produtividade, elementos-chave para o desenvolvimento de um país jovem como o nosso”, disse Muária, lembrando que todas as promessas feitas durante a campanha eleitoral são realistas e vão ser cumpridas, como sempre.
Muito trabalho pela frente
– David Malizane, militante da Frelimo e governador de Niassa
“Este acontecimento é o culminar de um longo trabalho, que começou com a preparação do processo, passando pela campanha eleitoral até ao dia de votação”, começou por se referir David Malizane, membro do Comité Central e actual governador de Niassa, quando falava momentos depois da validação e proclamação das eleições de 15 de Outubro passado, que teve na Frelimo e em Nyusi, segundo o anúncio do Conselho Constitucional os seus principais vencedores.
Malizane disse que foi durante a campanha eleitoral que o povo moçambicano mostrou ao mundo o civismo, o espírito de reconciliação e negação a quaisquer sinais de violência. “Nós somos pela paz e unidade nacional”, defendeu Malizane, para quem, agora, mais do que nunca, a aposta dos moçambicanos deve ser a construção de um grande país, através de trabalho abnegado de todos.
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Manica//Validação dos resultados eleitorais
Paz, unidade e redução da pobreza
prioridades do novo Presidente
– apontam cidadãos ouvidos pelo jornal domingo em Chimoio
Domingos Boaventura
mingoboav@gmail.com
Alguns cidadãos entrevistados na cidade de Chimoio, capital da
província de Manica, depois da divulgação, homologação e validação dos
resultados das Eleições Gerais das Assembleias Provinciais de 15 de
Outubro passado, pelo Conselho Constitucional (CC) defendem que o novo
Presidente da Republica, Filipe Jacinto Nyussi, deverá continuar a
guiar-se pelos ensinamentos deixados pelo seu antecessor consolidando
a paz, unidade nacional e o combate à pobreza para que Moçambique
continue a crescer nos próximos cinco anos.
Afirmaram também que sendo a paz um bem comum e inalienável e uma das principais condições para atracção de mais investimentos, ela não pode
ser diluída. Para que tal aconteça, a unidade entre os
moçambicanos também é fundamental, cabendo assim ao novo Presidente
fortalecer esse espírito de convivência e irmandade entre os moçambicanos.
Os cidadãos entrevistados acreditam que Filipe Nyussi irá prosseguir com a agenda de combate a pobreza, assegurando um melhor ambiente de trabalho em diversos sectores de actividade, olhando com maior atenção para a agricultura.
O país é potencialmente agrícola. Na óptica daqueles cidadãos, este
sector necessita de mais investimento de forma a garantir que os
níveis de produção e produtividade continuem a crescer para o bem da
população e do país em geral.
Resultados esperados
-Virgulino Nhate, munícipe de Chimoio
"Os resultados eram esperados. O que resta é trabalhar. Nyusi é um presidente jovem, dinâmico e espera-se muito trabalho. Ele tem muita experiência de governação. Vamos trabalhar para reduzir a pobreza que ainda afecta a maior parte da população moçambicana. Temos recursos minerais que também são um grande desafio. Ele deve saber gerir tudo isso para que todo povo se beneficie desses mesmos recursos. Portanto, ainda há muita coisa pela frente. Acreditamos que com apoio de todos os moçambicanos esses objectivos serão alcançados".
É momento de muito trabalho
– Rosita Lubrino , residente em Chimoio
Rosita Lubrino, vive em Chimoio há vários anos. Ela referiu que “o
momento que se segue é de transformar os programas em práticas. O povo quer ver resultados da sua escolha. Votou na Frelimo e no seu
candidato porque quer mudanças. O que o presidente eleito tem pela
frente é continuar a trabalhar em prol desse mesmo povo. Espera-se um governo forte e coeso capaz de conduzir da melhor maneira os destinos deste país, cumprindo com o manifesto eleitoral que será transformado em plano quinquenal do governo para os próximos cinco anos".
Novo Governo será formado em breve
– Alcinda Abreu, em Chimoio
A vitória de Jacinto Nyussi e da Frelimo foi comemorada num ambiente
de autêntica festa. No local onde decorreu a escuta colectiva actuaram
vários músicos. Houveram vários discursos, num acto que contou a presença de Alcida Abreu, membro da Comissão Política e chefe da brigada da Frelimo afecta em Manica e centenas de simpatizantes e membros desta formação política.
Falando para um auditório que enchia por completo o local da reunião, para testemunhar o anúncio final e validação dos resultados das eleições
passadas que deram vitória ao candidato da Frelimo, Filipe Jacinto
Nyussi, com 57 por cento e do seu partido com 55.68 por cento, o membro da Comissão Política e chefe da brigada central para a província de
Manica, Alcinda de Abreu, disse em breves palavras que o momento marca
o fim dum processo que durou vários meses. A fase que se segue, segundo ela, é mesmo de trabalho porque o novo Presidente e o partido sentem a responsabilidade de continuar a desenvolver o país e melhorar as condições de vida dos moçambicanos.
Disse ser ainda prematuro dizer que tipo de governo se espera. A verdade
é que será um governos da Frelimo. “Aguardem. Ele vai tomar posse dentro de dias e daí será formado o governo. O que asseguramos é que será o governo da Frelimo e dos moçambicanos”.
Sobre dos desafios que se esperam pela frente, aquele governante
referiu que o manifesto eleitoral será transformado em programa
quinquenal do governo com metas bem claras. Este documento vai
orientador e estabelecer as actividades e limites bem desenhados. O
povo votou em novas vitórias.
Gaza//Validação dos resultados eleitorais
A escolha foi certa
– dizem cidadãos entrevistados pelo jornal domingo em Gaza
Artur Saúde
Cidadãos nacionais contactados pelo domingo, em Gaza, a propósito da validação dos resultados das eleições presidenciais, legislativas e provinciais de 15 de Outubro último, esperam que o candidato presidencial eleito e o futuro Governo tenham em conta as necessidades reais do povo moçambicano. Apontam os sectores de agricultura, saúde, educação e combate contra a corrupção como a chave que vai impulsionar a continuidade do desenvolvimento social e económico.
Maria José de Abreu, 39 anos de idade, considera que os resultados do escrutínio foram justos tendo em conta a votação, porque permitiram “ trazer a pessoa certa para conduzir os destinos de Moçambique, considerando os desafios que se enfrentam agora”.
Segundo a interlocutora, o candidato da Frelimo já deu mostras de liderança admirável e também tem uma trajectória profissional invejável demonstrada nos locais pelos quais passou.
Disse tê-lo conhecido em Nampula enquanto director executivo da Empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Norte, tendo acompanhado o carisma que granjeou e admirado as capacidades de liderança que demonstrou. “Por essa razão, não tenho duvidas que Moçambique se encontra num óptimo caminho com o Presidente Filipe Jacinto Nyusi”.
Sobre as expectativas do futuro Governo disse esperar que os seus constituintes satisfaçam os anseios que o Presidente Nyusi demonstrou junto do povo durante o período eleitoral. “Ele mostrou-se receptivo e preocupado com os problemas do povo. Espero que o seu desempenho não o desiluda”, afirmou.
Por seu turno, Florinda Maria Gomes Neto, 45 anos de idade, afirmou que“a justeza da vitória de Filipe Jacinto Nyusi encontra-se na forma como dirigiu a sua campanha eleitoral focalizada numa mensagem cativante para as massas, assentes no realismo de solução dos problemas que afligem as comunidades”.
Para Florinda Maria Gomes Neto seria justo que o seu Governo servisse de réplica implementadora do desejo que Nyusi já anunciou aos moçambicanos durante a campanha eleitoral. “A grande desilusão seria que o futuro Governo fosse constituído por gente que não se aliasse ao espírito e letra do que o Presidente Nyusi já provou. Creio que isso não vai acontecer”, destacou Florinda.
A nossa interlocutora propõe que a banca deve financiar o sector da agricultura colocando-o como prioritário nos planos de erradicação da pobreza em Moçambique, tal como se preconizou nos primórdios da conquista da independência nacional, em 1975.
Já Patrícia Abreu Silvestre, 18 anos estudante, para além de se mostrar satisfeita, com a validação dos resultados pelo Conselho Constitucional, sugere que os principais desafios do Presidente Nyusi e seu executivo devem incidir-se na melhor qualificação do ensino em todos os subsectores do Sistema Nacional de Educação.
"O enfoque da educação deve ser para o “saber fazer” como forma de desenvolver competências aos nossos concidadãos que lhes permitam impulsionar o desenvolvimento económico e sustentável do nosso Moçambique”“, frisou Patrícia Abreu Silvestre.
Segunda ela, outra área deve merecer atenção dos novos governantes é o sector da Saúde, que, em sua opinião, precisa de elevar ainda mais os cuidados básicos das populações, aumentando-se mais médicos e outros agentes de saúde para se conter cada vez mais os rácios ainda preocupantes entre estes e os pacientes. “Penso que este Governo e seu Presidente devem continuar a fazer um pouco mais”, disse Patrícia Abreu Silvestre.
Alberto de Oliveira Frechaut, 21 anos, diz que a vitória da Frelimo foi a mais certeira porque não se podia esperar mais dos restantes concorrentes. “Na minha opinião, os restantes partidos e concorrentes presidenciais não tinham perfil que aguentasse dar continuidade aos desafios nacionais. A Frelimo tem já uma larga história, cuja complementaridade se pode encontrar com Nyusi”, afirmou.
Como desafios, Alberto de Oliveira Frechaut propõe a continuidade do combate cerrado contra a corrupção que, em sua opinião, mina o desenvolvimento do país. “Não restam dúvidas que o combate contra a corrupção pode ser um importante alicerce para o nosso desenvolvimento”, disse Alberto de Oliveira Frechaut.