A Primeira-dama moçambicana, Maria da Luz Guebuza, veio à ribalta, dentro e fora do país, apegando-se à causa social e defendendo um mundo melhor para mulheres, crianças e idosos. Durante os dois mandatos do Chefe do Estado, ela pregou contra a pobreza e assumiu-se como cultora de um desenvolvimento económico com fundações numa sociedade livre da fome e da doença.
O reconhecimento nacional e internacional destacou-se, deste modo, como óbvio testemunho de uma entrega a todos os títulos impressionante.
Como quem corre com gosto não se cansa (diz o adágio popular), Maria da Luz Guebuza visitou grande parte dos distritos do nosso país numa espécie de réplica das presidências abertas promovidas pelo marido.
Pernoitou em palhotas lado a lado com camponeses. Lançou semente à terra, ensinou a cuidar de crianças e idosos, sublinhando o interesse que ambos despertam na aprendizagem de ontem e do futuro.
Interessou-se sobremaneira pelo tema “empoderamento da mulher”salientando a necessidade de o país apostar, fortemente, na sua alfabetização de forma a dotá-la de conhecimentos à altura das exigências do mundo de hoje.
A luta por uma sociedade livre da doença (sobretudo da SIDA e do cancro no colo do útero) não passou despercebida aos olhos do mundo. A natureza prevenível destas enfermidades desde logo chamou a urgência de uma intervenção global mas que deve começar nos nossos quintais e nos quais próximos. É o que dizia a Primeira-dama, expondo a equação social que define variáveis interdependentes no tão esperado resultado de uma luta que exige o empenho de toda gente: a justiça, o fim da exclusão e da pobreza.
Por outro lado, a Primeira-dama moçambicana revelou-se incansável no apelo contra as novas infecções por HIV, lutou contra a transmissão vertical (de mãe para filho) e até mobilizou meios, dentro e fora do país, para que a morbi-mortalidade associada fosse reduzida a zero.
Por estas e outras acções, não tardaram as distinções pelo mundo fora. Maria da Luz Guebuza foi nomeada, em Maputo, Patrona do Plano Global para eliminação das novas infecções por HIV até 2015, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para o Combate ao HIV/SIDA (ONUSIDA)
Reconhecimento não menos importante foi em Atlanta (nos EUA), quando oSenado do estado norte-americano deGeórgia atribuiu os títulos de cidadã honorária e de embaixadora de boa vontade à Primeira-Dama da República de Moçambique.
A cerimónia de atribuição destes títulos, que teve lugar no Capitólio do Estado da Geórgia, foi dirigida pela Senadora Donzella James, durante um encontro inserido na visita de trabalho da Primeira-Dama.
A LUTA CONTRA CANCRO CERVICAL
Maria da Luz Guebuza lançou, em 2013, em Nova Iorque, a campanha global para a erradicação do cancro cervical.
A esposa do Chefe de Estado acredita que o mundo, unido, estaria em melhores condições para um combate mais cerrado ao HPV (vírus causador do cancro) .
Nesta crença avassaladora, Maria da Luz Guebuza tudo tem feito para que Moçambique beneficie de apoiospor forma a avançar para uma campanha de vacinação massiva contra o HPV em 2016.
Refira-se que em Nova Iorque, a Primeira-dama de Moçambique lançou em simultâneo a campanha global para a erradicação do cancro do colo do útero, da mama e da próstata, no mundo até 2020. Maria da Luz Guebuza teve este privilégio na qualidade de presidente do Fórum das Primeiras
Damas de Africa. Segundo a Primeira-dama de, graças a melhoria das condições socio-económicas dos produtos e tecnologias de saúde, registam-se avanços consideráveis na melhoria de alguns indicadores do estado de saúde a nível global e em particular nos países em desenvolvimento, incluindo Moçambique.
Apesar destes resultados encorajadores, Maria da Luz Guebuza disse ser necessário redobrar esforços porque ainda persistem vários desafios, tais como o aumento de doenças transmissíveis, para as quais muitos países não têm capacidade técnica financeira e humana para dar resposta apropriada.
“As nossas acções de advocacia junto dos governos e parceiros são para salvar vidas, evitar mortes devido ao cancro não prevenido ou não tratado e mudar o paradigma sombrio criado por esta doença”, explicou a esposa do Presidente Guebuza. Na prossecução do objectivo de salvar vidas, Maria da Luz Guebuza destacou a acção da organização GAVI Alliance – uma instituição público-privada para a área da saúde que aprovou candidaturas para projectos-piloto de vacinação contra o HPV em sete países africanos, nomeadamente Gana, Quénia, Madagáscar, Malawi, Nigéria, Serra Leoa e Tanzânia. Ainda devido ao brio demonstrado na causa social, a primeira-dama da República foi eleita a personalidade do ano 2013 pela Organização das Mulheres Líderes Africanas. O troféu foi atribuído pela Organização das Mulheres Africanas na Liderança (AWLO, sigla em inglês), e a cerimónia de entrega teve lugar no final da VI conferência desta organização.