Para a Renamo, o acontecimento mais importante da semana foi a chegada do seu líder à cidade de Lichinga. Na quinta-feira passada, dia 25, esta urbe, com destaque para o bairro de Namacula, viveu momentos de muita agitação, com pessoas a acotovelando-se para ver passar Afonso Dhlakama.
Do aeroporto ao campo do bairro mais populoso de Lichinga, Namacula, a via que dá acesso ao centro da cidade de Lichinga ficou literalmente bloqueada por motos e pessoas, que se predispuseram a acompanhar o líder da Renamo até ao local do comício. Aqui, milhares de pessoas o esperavam desde ao meio da manhã, hora inicialmente programada para a sua chegada à capital provincial.
O sol intenso que se fez sentir naquele dia não foi motivo suficiente para desencorajar as pessoas a esperar por uma visita que só aterrou por volta das 16,30 horas, para hora e meia depois iniciar o curto comício de campanha eleitoral.
Sobre estas enchentes que se registam com quase todos os candidatos políticos, ouvimos Sebastião Gangue, um docente universitário, que disse ser normal pessoas desprovidas de oportunidades de diversão acorrer em massa a este tipo de eventos. “Numa província onde dificilmente acontecem espectáculos, as pessoas usam esses momentos para matar a fome”, defendeu a nossa fonte, acreditando que nem todas as pessoas que vão aos comícios se identificam com os oradores, nem com as políticas dos partidos em causa.
Emocionado com o que estava a ver, o líder da Renamo disse que a enchente que testemunhou é resultado de que as pessoas acreditam nas políticas do seu partido e em si, pedindo à população de Niassa para votar em si e no seu partido. “Somos pela mudança efectiva, queremos um Moçambique cuja governação deve ser isenta de discriminação política, dotando os funcionários do Aparelho do Estado de técnicas para melhor servirem ao cidadão”, afirmou Dhlakama.
Depois de Lichinga, o líder da Renamo desloca-se, sucessivamente aos distritos de Cuamba e Mecanhelas, por sinal, os mais populosos da província de Niassa e conferem maior número de votos.
MDM EM CAMPANHA PORTA-A-PORTA
Em relação ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), os seus membros e apoiantes continuaram a fazer campanha porta-a-porta e contactos interpessoais, enquanto preparam a visita do seu candidato à Presidência da República, que esta semana fez campanha em Maputo, Gaza e Inhambane.