Com o objectivo de complementar as acções do Governo, no quadro da luta contra a malária, o Standard Bank ofereceu um total de 500 redes mosquiteiras ao Hospital Provincial de Quelimane.
Esta oferta, que representa o comprometimento do Standard Bank para com a erradicação da malária em Moçambique, está enquadrada na política de responsabilidade social corporativa do banco, visando criar melhores condições para as comunidades onde opera.
Tomaz Salomão, presidente do Conselho de Administração do Standard Bank, disse que "o Banco quis se solidarizar com todos os esforços que têm vindo a ser feitos no país no âmbito da luta contra a malária, que constitui ainda um dos grandes problemas de saúde pública em Moçambique."
Por sua vez, a directora clínica do Hospital Provincial de Quelimane, Nélia Mutisse, indicou que, ao nível da província da Zambézia, a malária constitui uma das principais causas de morbi-mortalidade.
"No primeiro trimestre de 2014, a malária foi o principal motivo de consulta no serviço de urgências da nossa unidade sanitária, onde foram registados 2521 casos."
A directora hospitalar acrescentou ainda que a malária é, igualmente, a primeira causa de internamentos no serviço de pediatria daquele hospital, onde no primeiro trimestre do ano em curso foram registados cerca de 340 casos de internamento relacionados com a malária.
"O peso da doença é enorme. Os casos de malária representam 40 por cento dos casos de internamento no serviço de pediatria do hospital."
Para aquela responsável, esta oferta do Standard Bank vai permitir que cada doente internado tenha a possibilidade de dormir sob protecção de uma rede mosquiteira tratada, de modo a evitar as picadas de mosquitos causadores da doença.
No acto de entrega das redes estiveram presentes dirigentes e jogadores da equipa do Clube Ferroviário de Quelimane, no âmbito da parceria existente entre o Standard Bank e a Liga Moçambicana de Futebol, através da qual esta instituição financeira tem associado o seu patrocínio às acções de combate contra a malária.
Ainda no âmbito da luta contra a malária, a mCel-Moçambique ofereceu um total de cinco mil redes mosquiteiras ao Ministério da Saúde (MISAU).
O administrador da mCel, Macsud Ismail, disse que "o apoio ao sector da saúde reveste-se de capital importância no domínio das acções de responsabilidade social corporativa da empresa, pois, de entre as várias áreas de intervenção esta merece cada vez mais atenção de todos no nosso país.”
O donativo visa apoiar as necessidades dos centros de saúde e unidades hospitalares em todo o país no combate a esta doença, que afecta grande parte da população moçambicana, em particular as crianças e mulheres grávidas.
Dados de 2013 mostram que a malária em Moçambique foi responsável por 3.924 mil casos e 2.941 óbitos, números que constituem uma grande preocupação para o Governo, uma vez que podem influenciar negativamente no desenvolvimento do país, devido ao absentismo escolar e laboral, bem como a perda da mão-de-obra.