O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Jorge Khalau, acusou Momade Abdul Satar, condenado pelo assassínio do jornalista moçambicano Carlos Cardoso, de ser o “patrão dos raptos” que assolam o país, noticia hoje a imprensa local.
Momade Satar, reconhecido pela alcunha de “Nini”, cumpre uma pena de prisão de 24 anos na Cadeia de Alta Segurança da Machava, nos arredores de Maputo, pelo seu envolvimento no assassínio de Carlos Cardoso, morto a tiro na capital moçambicana, em 2000.
Ao longo dos últimos dois meses, a imprensa moçambicana crítica ao Governo tem vindo a publicar uma série de cartas assinadas por “Nini” e dirigidas a altas figuras da polícia e da procuradoria moçambicana, em que o detido dá indícios de estar a colaborar com as autoridades “com vista à detenção dos malfeitores”, supostamente envolvidos na vaga de raptos, que se verifica em Moçambique desde 2011.
LUSA