Os observadores nacionais do diálogo político entre o governo moçambicano e a Renamo, afirmam estar insatisfeitos com o passo que consideram de lento neste processo que envolve as duas partes e que já vai na 58/a ronda.
As declarações dos observadores surgem na sequência dos sucessivos impasses que se tem registado no diálogo, que também tem desgastado aos moçambicanos.
Esta é a primeira vez que os observadores participaram numa conferência de imprensa neste diálogo.
Contudo, os observadores afirmam estar esperançados na resolução do problema que opõe as partes.
“Não perdemos a esperança. Estamos certos que a medida em que as partes vão se encontrando a confiança também vai aumentando”,disse o arcebispo da diocese dos Libombos, Dom Dinis Sengulane.
Ele frisou que “estamos encorajados com o que aconteceu na semana finda, referindo-se ao facto de o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ter- se recenseado num acto público ocorrido nas matas do distrito de Gorongosa, centro de Moçambique”.
“Significa que há de facto motivos para termos esperança”,vincou Sengulane, secundado pelo Padre Filipe Couto que afirmou que “temos de acreditar no que queremos”.
Fazem parte do grupo de observadores nacionais o Dom Sengulane, Lourenço do Rosário (professor e reitor da Universidade Politécnica), padre Filipe Couto (da igreja católica), o reverendo Anastácio Chembeze (Igreja Metodista), e o Sheik Saíde Abibo (Comunidade Muçulmana).