A produção nacional de peixe, através do fomento de aquacultura, vai reduzir os níveis de pobreza e melhorar qualitativamente a condição de vida dos moçambicanos pelo valor nutritivo que este alimento possui.
Neste contexto, brevemente será instalado um centro de pesquisa em Mapapa que se pretende um lugar privilegiado de investigação pelos estudantes e docentes do peixe em cativeiro. O facto foi anunciado pelo Ministro das Pescas, Victor Borges, ao lançar oficialmente no país e pela primeira vez, o curso de Engenharia em Aquacultura, no Instituto Superior Politécnico de Gaza (ISPG), no distrito de Chókwè, província de Gaza.
Segundo Borges, o país passará a estar em melhores condições de entender as necessidades e dificuldades das comunidades e encontrar soluções para o alívio e combate à pobreza absoluta.
Para a aquacultura estará disponível, nesta fase, a espécie nólitica que já foi investigada e provou-se a sua sustentabilidade em vários cantos do mundo, sendo importante agora a produção de alevinos para reprodução de forma quantitativa e qualitativa.
Previsões indicam que a natureza de investigação pode levar em média cinco a dez anos, criando condições de produção deste peixe de quarentena e de desenvolvimento, ambicionando-se metas para uma produção média de dois milhões por ano.
De acordo com Borges, a quantidade total de peixe produzido mundialmente está na ordem de 140 milhões de toneladas das quais 90 milhões são feitos em capturas e 50 milhões de toneladas através de aquacultura.
“Segundo especialistas da FAO, para podermos manter o nível de consumo actual precisamos de 18 a 30 milhões de toneladas que vamos buscar na aquacultura”,frisou Victor Borges.
A preocupação do Governo moçambicano no fomento da tilápia nólitica, deriva do facto desta espécie contribuir para uma proteína global animal em cerca de 70 por cento com influência na melhoria de vida.
“Para tal o ISPG terá de começar pela elaboração de um mapeamento, avaliação e valoração dos recursos existentes através de pesquisas inter-pessoais e inter-institucionais, integrando-os na sua planificação em consonância com o que o Programa Quinquenal do Governo e a Estratégia Nacional de Desenvolvimento preconizam”, disse Victor Borges.
Artur Saúde