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Porto de Maputo investe em rebocadores

Por admin

A empresa Maputo Port Development Company (MPDC), concessionária do Porto de Maputo, incluindo uma parte do Porto da Matola, está a realizar um  investimento de cerca de 15 milhões de dólares na aquisição de três rebocadores e de outras embarcações de apoio aos serviços marítimos, com os quais espera melhorar a qualidade das manobras de amarração de navios naquele recinto portuário.

Dados colhidos no local indicam que as embarcações foram adquiridas em estado novo num estaleiro turco e serão utilizados pela empresa P&O, subcontratada pela MPDC para lidar com a componente de serviços marítimos, nomeadamente o reboque de navios, pilotagem e amarração.

Osório Lucas, director do MPDC, revelou que a tercearização dos serviços marítimos permite que a MPDC se concentre e se especialize na área de operações em terra. “A P&O venceu o concurso público internacional que promovemos entre 2011 e 2012 para, durante 10 anos, explorar a área de serviços marítimos e investir na formação dos cerca de 100 trabalhadores que ficaram sob sua responsabilidade e na aquisição de equipamentos”, disse.

Com efeito, já se encontram no Porto de Maputo os rebocadores baptizados por “Bulani” e “Sereia”, sendo que o terceiro, que vai servir de reserva (back up) poderá chegar ao país em breve. Trata-se de embarcações tidas como bastante potentes e que vão permitir que sejam realizadas manobras com navios de maior calado e em situações antes tidas como adversas.

Antes da aquisição destes rebocadores não podíamos realizar manobras em dias de vento superior a 25 nós, mas, agora podemos trabalhar mesmo com ventos superiores a 30 nós, que são 50 quilómetros por hora”, sublinhou para depois acrescentar que estas embarcações, por si só, não aumentam o número de navios que atracam no porto mas, maximizam o tempo de realização das manobras, incluindo de embarcações maiores.

Com efeito, e segundo dados em nosso poder, em 2011 cerca de mil e duzentos navios acederam ao Porto de Maputo, com cargas estimadas em doze milhões de toneladas. No ano seguinte, 2012, o número de navios baixou para menos de mil navios com quinze milhões de toneladas de carga manuseada e, no ano passado, 2013, o movimento de navios andou em volta de mil navios com dezassete milhões de toneladas de carga.

O que permitiu que alcançássemos estes números não foi a dragagem que permitiu que o canal de acesso ao porto passasse de nove para onze metros de profundidade”, sublinhou. Na verdade, desde 2003 a esta parte, o MPDC realizou um investimento global de 362 milhões de dólares em vários domínios, com destaque para a dragagem, reabilitação do cais e armazéns, construção de novos acessos e compra de rebocadores e outros equipamentos.

Segundo nos foi revelado, o porto aumentou os volumes de carga sem ter que aumentar as atracações de navios desde 2012, devido ao aumento da profundidade do canal, passado o Limite do Porte Bruto (DWT) de quarenta mil toneladas para sessenta mil toneladas.

A reabilitação e compra de novo equipamento permitiu, por seu turno, uma maior flexibilidade no manuseio de carga. Porém, grande parte da infra-estrutura do porto encontra-se inoperacional limitando a capacidade no terminal de Maputo a doze milhões de toneladas por ano. Apesar disso, mantemos a previsão de, até 2033, investirmos um bilião e oitocentos milhões de dólares, conforme reza o nosso Plano de Negócios”, apuramos.

O referido Plano de Negócios prevê, entre outros, a expansão do Terminal de Carvão, expansão do Terminal de contentores, construção de novo Terminal de Carga à Granel, reabilitação de cais, numa extensão de cerca de 770 metros, construção de estradas e linhas férreas internas, aprofundamento do canal de acesso dos actuais 11 metros para 14 metros, o que vai permitir a entrada e saída de navios com 82 mil toneladas, entre outras actividades.

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