Com 20 anos de idade foi direccionado ao distrito de Mavago, na província do Niassa, para reforçar o número de professores que leccionavam nas zonas liberdadas pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique). Foi assim que integrou a “Geração 8 de Março”. Depois de 43 anos de serviço no sector e reformado há quase sete, Eurico Banze continua crítico em relação ao sistema de educação. Assume culpas como profissional, mas não baixa a guarda em relação às convicções que possui. Defende que Moçambique não precisa de mais retórica, mas sim de medidas reais e acções concretas para mudar o cenário. Em relação à conjuntura pós-eleitoral que se assiste, assume que as famílias, a escola e a educação no geral falharam no seu papel de preparar o Homem para a vida.
UMA VIDA DEDICADA À EDUCAÇÃO
Conta que corria o ano de 1977, quando após se destacar com uma das melhores notas de fim de curso no Centro de Formação de Professores em Namaacha foi chamado para contribuir para a reanimação do sector da educação no país pós-independência. Na altura, era necessário voltar a colocar o país nos “carris” e garantir que os diferentes sectores não colapsassem dado o êxodo de quadros, sobretudo técnicos portugueses, para além de criar bases para a estabilidade socioeconómica. Neste âmbito, leccionou como professor nas zonas libertadas por quase dois anos. Leia mais…