O homem, regra geral, gosta de surpresas. Das boas, claro. Algumas, mesmo sendo simpáticas, as vezes não agradam. É que de surpresa em surpresa, pode também resultar algo inesperado. O gracejo não tem nada de especial. Bula bula gosta de elaborar discursos… tipo filósofo da vida.
É que a nossa cidade propicia espaço para que o sofisma assente arraias….
Mas vamos ao mote do palavreado. Bula bula adora a cidade das acácias. Pena que na mesma cidade e província habitem também uns trogloditas capazes de toda a sorte de diabruras. Até parece que coisas bonitas ofendem a alguns compatriotas. Veja-se o exemplo do lixo. Há contentores por quase toda a cidade. São pouco, diga-se em abono da verdade mas tal não justifica a quantidade de garrafas plásticas, pacotes de batatinhas, sacos plásticos que poluem a cidade… incluindo cascas de bananas!
Mas dizia, que o que apavora mesmo a Bula bula é a quantidade de semáforos derrubados. Mais ou menos do tipo monta-se um semáforo hoje e no dia seguinte está espatifado. Um condutor mais afoito e cheio de energias derrubou-o. Ocorre um pouco por toda cidade e província de Maputo. E o caos que a falta de um semáforo faz só é comparável a uma manifestação “pacífica”…
São dezenas de semáforos destruídos. Quase sempre aos fins-de-semana. Que fenómeno será este? Haverá por ai uma organização secreta com vários comandos apostada em derrubar os sinais? Ah, antes que me esqueça, vale o mesmo para os postes de iluminação… também são chacinados!
Há qualquer coisa esquisita entre nós. Investe-se muita mola em infra-estruturas para facilitarem a nossa vida e, alguns insatisfeitos, rebentam com eles. A rede funciona bem. “Há um semáforo novo? Aonde? No cruzamento da Machava? Ok. Tudo bem. Eu vou lá partir essa cena…”
E pumba! No dia seguinte o “robot” está estendido a toda largura da estrada. Em fanicos. Inutilizado. Há coisas que escandalizam. Lá dizia Albert Einstein que aquele que já não consegue sentir espanto nem surpresa está, por assim dizer, morto; os seus olhos estão apagados…
Até parece que somos uma nação cega! Palavra de Bula bula!