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O fascinante mundo da rádio

Por admin

Celebrou-se, no passado dia 13 do corrente mês, o Dia Mundial da Rádio. Porque este canal continua a atingir as maiores audiências no país, e associando-se à esta data, domingo conversou com a directora-adjunta do Centro de Formação da Rádio Moçambique (RM), Fárida Costa que ressalta a necessidade de comunicadores moçambicanos lutarem para um melhor domínio da língua.

Fárida Costa é uma das responsáveis pelo Centro de Formação da Rádio Moçambique, forja de renomados profissionais de comunicação no país, sendo, por isso, figura “autorizada” para falar sobre a qualidade da comunicação radiofónica no país.

Mostrou-se satisfeita com a existência, hoje, de muitos canais de rádio, contudo apegou-se à questão de qualidade, sublinhando que muito há ainda por se fazer. “Em termos de qualidade não vamos muito bem, principalmente no que concerne aos conteúdos e à locução”, referiu.

Explicou que os nossos comunicadores ainda se ressentem de problemas na elaboração de discurso, ferindo, em certos casos, a boa construção gramatical. “As pessoas devem manter contacto com gramática, pois as lacunas existentes devem-se, em parte, à falta de domínio da língua”, disse, acrescentando: “É nessa vertente que eu acho que a qualidade, principalmente na área de locução e escrita, não é muito boa. Com isso acho que as rádios deveriam investir mais na formação de seus trabalhadores, sobretudo os locutores, sem esquecerem ainda que esses devem também procurar ter o espírito de auto-formação”.

PAPEL DO CENTRO

DE FORMAÇÃO DA RÁDIO

Inicialmente criado para formação de pessoal interno, o Centro de Formação da Rádio Moçambique existe há muitos anos, destacando-se o facto de que nos primeiros anos apenas formava quando houvesse necessidade. Porém mais tarde, para que pudesse abarcar mais cursos e atendesse ao pessoal externo, deixou de ser destino exclusivo dos funcionários da RM, passando a receber outros interessados.

Actualmente, o centro forma anualmente cerca de 120 alunos. Conta com quatro salas para as seguintes disciplinas: informática básica, jornalismo elementar, leitura e expressão (para todo tipo de comunicadores, desde locutores, apresentadores de TV, ou ainda aqueles que se interessam em expressar-se melhor e aprender as técnicas de locução/dicção).

Já a quarta sala, segundo Fárida Costa, está ainda a ser preparada. Nela serão leccionadas aulas relacionadas com equipamentos electrónico principalmente de televisão e rádio. “Esperamos ter a sala pronta o mais breve possível, porque contamos em iniciar um curso experimental nos meados do corrente ano. Aqui as pessoas vão aprender a arranjar alguns aparelhos, como computadores, rádios, entre outros”, disse a nossa entrevistada.

Acrescentou que o centro está num estágio avançado, pois novos projectos estão a ser implementados. “Pretendemos fazer a inclusão de novos cursos. Por exemplo na parte jornalística passaremos a especializar por géneros. Ou seja: ensinaremos como fazer boas entrevistas, grandes reportagens, entre outras”, explicou.

Refira-se que o centro tem sido palco de palestras para diversos públicos e ministra cursos específicos para comunicadores institucionais. Em todos finais de ano, a partir de Novembro, tem aberto inscrições às crianças, de modo que possam também aprender cursos como leitura e expressão, bem como a informática.

 

Maria de Lurdes Cossa

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