Tabuleiros flutuantes usados no embarque e desembarque de passageiros nas pontes-cais de Inhambane e Maxixe serão alvos de reabilitação ainda no semestre em curso. A Directora Provincial dos Transportes e Comunicações em Inhambane, Acissa Carimo, indicou que já foi identificada uma empresa que proximamente mobilizará equipamento para a execução de obras naquelas infra-estruturas.
“Reconhecemos a gravidade da situação actual, daí o esforço em curso visando resolver o problema” sublinhou Acissa Carimo, ressalvando que para o efeito o Governo assegurou cerca de catorze milhões de meticais.
A nossa entrevistada fez saber, entretanto, que enquanto não arrancarem as obras de reabilitação geral das pontes- cais da Maxixe e Inhambane serão feitas obras de emergência.
Refira-se que as pontes-cais de Inhambane e Maxixe foram reabilitadas entre os anos de 2007 e 2008, no âmbito de um projecto que incluiu a colocação do Magulute e Baía de Inhambane, dois barcos de grande porte que asseguram o transporte de pessoas e bens naquele prolongamento das águas do velho Índico.
As obras de reabilitação em perspectiva incidirão, sobretudo, nos tabuleiros flutuantes usados para a atracação das pouco mais de vinte embarcações de pequeno porte e com motor fora do bordo e dos dois barcos grandes que asseguram o transporte de pessoas e bens.
domingoapurou que passageiros que embarcam ou desembarcam estão presentemente expostos ao perigo porque as tábuas de madeira que haviam sido colocadas por cima dos tabuleiros estão destruídas e os fixadores dos tabuleiros desprenderam-se.
Com a reabilitação da pontes-cais, as três mil pessoas que diariamente atravessam a baía de Inhambane em embarcações de pequeno e grande porte poderão conhecer melhores dias.
Jacinto Paulo, que vive na Cidade da Maxixe e trabalha na capital provincial, descreve a actual situação como preocupante tendo em conta que são vidas humanas que estão em causa.
“O mutismo por quem de direito colocava a nossa vida em risco, dado que não se sabia quando e a que horas aqueles tabuleiros desprender-se-iam e isso podia significar tragédia”, indicou o nosso entrevistado que pede às autoridades para visitarem aquelas infra-estruturas de forma a conferirem o iminente perigo que representam.
Denunvia Manuel, estudante numa das escolas da cidade da Maxixe, vive em inhambane e atravessa sempre no período da manhã. Disse ao nosso jornal que em tempo lectivo não dorme sossegada ao pensar na travessia em particular nas condições de segurança.
Acrescentou que o Governo devia interditar o uso daqueles tabuleiros para a atracação de barcos uma vez que aquelas infra-estruturas portuárias já não oferecem segurança.
Também os marinheiros que, diariamente usam aquelas infra-estruturas no seu trabalho de transportar pessoas e bens, sentem que a sua vida está em perigo enquanto não se reabilitar aqueles tabuleiros.
Vasco Muando, um dos marinheiros entrevistados pela nossa Reportagem, disse que se medidas urgentes não forem tomadas, Inhambane pode mergulhar numa tragédia.
“Há muitos estudantes nas duas cidades que disputam a única embarcação que funciona à noite e isso é muito perigoso”, explicou.
Aminosse Moisés