Alguns de nós, membros do Partido FRELIMO, olhamos para a sessão do Comité Central que brevemente vai ter lugar, com grande expectativa e esperança!
De há alguns tempos para cá, vimos assistindo a comportamentos simplesmente estranhos, muitos deles protagonizados por figuras que nos ensinaram durante muito tempo a olhar para a FRELIMO como uma Família que como tal, todos os problemas que a ela atingem, devem encontrar solução no seu seio.
Com bastante veemência mesmo, sempre nos fizeram assumir que discutir problemas do Partido fora das estruturas do mesmo, não era comportamento de um membro deste Partido. Nós assumimos, e volvidos todos estes anos, continuamos a ver nesses ensinamentos, um dos principais legados desta Grande Família que deverá continuar para além das gerações vindouras.
Mas falava eu de comportamentos estranhos, e o que é mais preocupante, comportamentos protagonizados por figuras, algumas das quais, de nenhuma maneira, e com o mínimo de moral que seja, podem pretender hoje, fazer-se passar por discípulos de Pôncio Pilatos no credo no que concerne ao rescaldo da sua tenebrosa passagem da direcção dos destinos deste País e que continua vivo na memória de muitos de nós, e muito menos arvorarem-se em Messias que pretendem conduzir o País, não sabemos para onde.
Criminosamente, orquestraram distúrbios nas periferias da Cidade de Maputo, para em seguida mascararem-nos de sinais de descontentamento popular em relação ao governo do dia, para em seguida propalarem uma tal de crise tanto no Partido como no Governo, tudo isto para atingirem não só a figura do Presidente da República, como também num esforço inglório para reduzir os feitos da sua governação a nada.
Mas o objectivo último destas figuras, era ver desencadearem-se em Moçambique as
chamadas primaveras da Líbia, do Egipto e da Síria, não importa quanto sangue deste nosso Povo, inocentemente seria derramado, desde que esse fosse o preço para afastar Guebuza do Poder. Até cartas abertas foram escritas a exteriorizarem este desejo sangrento.
De pés juntos, juraram e vociferaram que Guebuza não queria abandonar o Poder, apresentando como provas disso, o Edifício Presidencial que estava a construir, ou então o facto de ser "relutante" em comunicar sobre o seu sucessor.
Quando Guebuza, não só em cumprimento da sua decisão e em obediência aos
ditames da Constituição, de abandonar o Poder, como também do esclarecimento de que, não seria ele Guebuza a indicar o seu sucessor, mas os órgãos competentes da FRELIMO, surgiram as vozes das mesmas figuras, quer acusando-o de ter seleccionado candidatos de sua preferência, numa declaração categórica de que Guebuza não tem direito de preferência de coisa alguma, ou então que violou os
Estatutos do Partido no processo seguido para a indicação dos três candidatos, e depois entraram e estão numa grande azáfama de produção de um candidato ou candidata da sua preferência, socorrendo-se para isso de todos os artifícios que só eles sabem manipular.
Os membros do Partido FRELIMO, e naturalmente o Povo moçambicano, manifestam-se ansiosos em ver o Candidato que tal como sempre será um Candidato indicado pela FRELIMO, e a esse e só a esse, darão todo o seu incondicional apoio.
Depois de todos esses comportamentos acima descritos, é mesmo de se perguntar: esse Candidato ou Candidata, a que maquiavelicamente, essas figuras pretendem lançar, é para representar os interesses de quem?
Desde quando é que na FRELIMO, se fazem aliciamentos monetários como meio de angariação de votos a favor de um determinado candidato?
Essa reacção em relação aos três Candidatos que em alguns momentos não só conspira contra os direitos de qualquer dos três Candidatos, de sonhar, não estarão a camuflar a existência de uma ala ou punhado de indivíduos no seio do Partido, que vivem e alimentam a ideia de que, apenas alguns nomes "sonantes" no seio do Partido é que podem ter o direito de sonhar em vir a ser Candidatos à Presidência?
Será que a experiência é uma coisa que alguém necessariamente tem que nascer com ela, colada na testa para que todos vejam que aquele é experiente?
Com estas reacções, que mensagens estão a ser passadas para os tantos jovens até brilhantes, que no anonimato, com o seu saber, a sua dedicação a esta Pátria de Heróis, pedra a pedra constroem esta Nação?
Por isso, caríssimos membros do Comité Central, com a mesma seriedade e militância com que, obedecendo ao Comando do nosso glorioso Partido, irão escolher aquele que vai ser o Timoneiro do nosso Estado, e porque os mentores de todos os comportamentos estranhos acima mencionados, que não só mancharam o nome e a honra do Presidente em exercício, como de igual modo, mancharam e conspurcaram a imagem e o prestígio do nosso Glorioso Partido, dediquem o tempo necessário para encontrar neles os argumentos que justifiquem tamanha traição, porque a teoria do bloqueio ao diálogo que se atribui a Armando Guebuza, não tem pernas para andar.
Talvez seja até o momento mais indicado para os membros do nosso Partido, ao mesmo tempo membros do Comité Central, vindos de todos os cantos do nosso País, refrescarem as mentes daqueles que mesmo vendo teimam em reconhecer, que a governação de Armando Guebuza inquestionavelmente, não só colocou Moçambique na rota do desenvolvimento, como também conquistou grandes simpatias e admiração, tanto regional como internacionalmente, pelo desempenho da sua governação.
Bom trabalho camaradas e a Luta Continua!
Gonçalves Pelembe