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Moeda digital pode acelerar a inclusão financeira

Por Angelina Mahumane
  • Mas Banco de Moçambique pede muita cautela

O uso de moeda digital, que inclui criptomoedas ou “bitcoins”, tem conquistado diversos países devido à sua praticidade, baixos custos e rapidez com que as trocas comerciais ocorrem, sem precisar de divisas ou autorização do banco central. Em Moçambique, apesar de existirem utilizadores que apostam neste tipo de moeda, a prática ainda é pouco conhecida e não existe legislação, o que contribui para que a maioria não aposte neste tipo de moeda por medo de cair em burlas da internet e não ter onde queixar.

No entanto, nas XIV Jornadas Científicas do Banco de Moçambique, realizadas em Maio de 2023, na cidade de Maputo, foi apresentado um estudo intitulado “Moeda digital do Banco Central e suas implicações para a estabilidade financeira: o caso de Moçambique”, de autoria de António Chichava, o qual recomenda o Banco de Moçambique “a adoptar a sua própria moeda digital para o segmento de retalho” e ressalva que esta não deve ser remunerada.

O mesmo autor indica que uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC) tem o potencial de promover a eficiência dos sistemas nacionais de pagamentos e melhorar a inclusão financeira, especialmente em países em vias de desenvolvimento (incluindo Moçambique), caracterizados por baixos níveis de inclusão financeira.

“Entretanto, ela também apresenta os seus desafios, com particular destaque para riscos de desintermediação bancária e os seus devidos efeitos nos indicadores de estabilidade financeira”, referiu.

Tais indicadores mostram que nos últimos cinco anos houve uma estabilidade financeira robusta, sendo que o rácio de solvabilidade médio dos bancos comerciais domésticos com importância sistémica cresceu em 600 pontos base (de 21 por cento em 2017 para 27 por cento em 2021). Leia mais…

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