Uma equipa de voluntários médicos composta por 14 dermatologistas e um cirurgião oriundos de Portugal, Espanha, México e Estados Unidos da América realizou, recentemente, cirurgias de correcção a pacientes com cancro de pele em hospitais de Maputo, Xai-Xai, Beira e Tete.
Trata-se de uma iniciativa da Fundação Africa Directo, uma Organização Não-Governamental (ONG) de ajuda humanitária aliada do laboratório multinacional de origem espanhola ISDIN, especializada em produtos dermatológicos fotoprotectores, que colabora com parceiros locais em países da África Subsaariana, prestando apoio a pessoas com albinismo na Tanzania, Malawi e Moçambique.
Em colaboração com profissionais de saúde local, no Hospital Central de Maputo (HCM), principal ponto de atendimento, a equipa diagnosticou e tratou lesões cutâneas pré-malignas, tendo observado 300 pacientes com diferentes complicações de pele e realizou 73 cirurgias de remoção de tumores. Pessoas portadoras de albinismo com complicações em estado avançado e que se encontravam em seguimento nas unidades sanitárias foram o principal alvo.
O facto de a maior parte desses pacientes apresentar-se com a doença num nível desenvolvido despertou a necessidade de reforçar a sensibilização sobre as medidas de prevenção, assim, “precisamos de mais profissionais capacitados nos hospitais periféricos e impulsionar a educação para a saúde, através de campanhas de consciêncialização, de modo que esses casos não evoluam a um estágio avançado”, disse Gilda Luciano, directora do Serviço de Dermatologia do HCM.
Além das cirurgias, houve troca de experiência entre os dermatologistas estrangeiros e nacionais e oferta de protectores solares e chapéus aos necessitados.
Esta é a quinta vez que a equipa escala o país para acções do género e já beneficiou mais de mil pacientes.