A Selecção Nacional de Moçambique termina hoje a noite (19.00 horas), no Athlone Stadium, em Cape Town, a sua participação na 3ª edição do CAN Interno, que decorre desde dia 11 do corrente mês, em três cidades sul-africanas.
Apesar de a derrota (4-2) diante da Nigéria na segunda jornada ter retirado às hipóteses de discutir a qualificação aos quartos-de-final até ao último momento, aos “Mambas” pede-se, neste momento, que no mínimo terminem a participação com alguma dignidade (pontos). E os jogadores e a equipa técnica pensam que é possível, daí que prometem entrega total.
Enfrentar mali como se ainda lutássemos pela qualificação
O seleccionador nacional de Moçambique, João Chissano, diz que a equipa vai enfrentar o Mali, último adversário da fase do grupos, como se ainda estivesse a lutar pela qualificação para a segunda fase, pois há honra por defender.
– Tal como fizemos diante da África do Sul e da Nigéria vamos enfrentar Mali com interesse de vencer. Vamos continuar a exigir aos atletas o máximo de concentração para fazerem o jogo como se estivéssemos ainda a lutar pela qualificação porque só competindo a grande nível podemos melhorar.
Para Chissano, é importante que os atletas estejam no seu grande nível como estiveram nos primeiros minutos da partida diante da Nigéria.
– Vamos continuar a exigir que estejamos sempre ao nosso nível, pois só estando a jogar ao grande nível podemos melhorar. Não podemos entrar a pensar que já estamos eliminados. Temos que mostrar que ainda estamos vivos e temos qualidade.
Dois jogos duas derrotas
Em relação aos primeiros jogos disputados no CHAN, Chissano considera que Moçambique até portou-se bem, mas em momentos cruciais viu os árbitros assinalarem duas grandes penalidades quanto a ele duvidosas.
– Foram dois jogos extremamente difíceis. No de estreia entramos com muitas cautelas e estivemos resguardados à espera de ver o que a África do Sul podia fazer como anfitriã, sobretudo pelo facto de ter chegado à prova em melhor forma, pois o campeonato estava no meio e possui jogadores de grande nível.
Relativamente ao embate com a Nigéria, o técnico considera que “estivemos muito bem à entrada, porque as alterações feitas na abordagem do jogo surtiam os efeitos desejados. Subimos as linhas mesmo sabendo que correríamos riscos de sofrer em contra ataque. Marcamos primeiro, mas como aconteceu no jogo de abertura sofremos uma grande penalidade duvidosa num momento crucial da partida. Não quero me desculpar por aí, mas as grandes penalidades injustas, que sofremos em momentos cruciais, tem uma quota parte para este afastamento”.
O técnico, que se estreou em grande palcos africanos nessa qualidade, disse que nem tudo correu mal para a selecção, uma vez que a participação permitiu que se tirasse algumas ilações e acima de tudo foi importante para a rodagem de alguns atletas jovens.
– Quando conseguimos rodar alguns atletas jovens, que nunca tinham estado na selecção, e eles portarem se muito bem como vimos só podemos dizer que nem tudo correu mal. Não tenho dúvidas em afirmar que ganhamos equipa e rodamos jogadores sem experiência. Sentimos que temos jogadores que podem sair do campeonato sem favor a ninguém e experimentar novos ares, o que seria bom para a selecção principal. Esse era também um dos objectivos do CHAN.