Edmundo González Urrutia tornou-se, recentemente, “presidente eleito da Venezuela”, que “deve” tomar posse no dia 10 de Janeiro do próximo ano. Numa resolução aprovada no passado dia 19 de Setembro, o Parlamento europeu decidiu reconhecer Urrutia como o vencedor das eleições presidenciais do passado mês de Julho.
A decisão do Parlamento europeu vai no sentido contrário dos resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que certificou a reeleição de Nicolás Maduro. Ainda que não vinculativa, a decisão do órgão legislativo da União Europeia não só denuncia uma tentativa de interferência nos assuntos internos de um Estado soberano, como também arrisca-se a solidificar a posição dos maduristas, que consideram haver uma cabala organizada pelo Ocidente para o derrubar.
Na verdade, tal como já aconteceu no passado com Juan Guaidò, o reconhecimento oficial do Ocidente torna Edmundo González Urrutia num “presidente eleito” que, entretanto, não tem um país para governar. Leia mais…